Após mais de um ano, mercado volta a ver inflação dentro do intervalo




19/12/2016 - 00:00

Os economistas das instituições financeiras baixaram sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 6,52% para 6,49% e, com isso, voltaram novamente a prever a inflação dentro do intervalo do sistema de metas.

A última vez que o mercado estimou que a meta de inflação deste ano não seria descumprida foi 13 de novembro de 2015, há mais de doze meses.

Pelo sistema brasileiro, a meta central para 2016 foi fixada em 4,5%, mas há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima e para baixo, de modo que a inflação pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que seja descumprida. No ano passado, a inflação estourou o teto da meta ao somar 10,67% - a maior desde 2002.

Apesar de estar dentro do intervalo do sistema de metas, a previsão do mercado para o IPCA deste ano ainda está distante da meta central de 4,5% estipulada para este ano.

As expectativas dos analistas do mercado financeiro foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (19) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.

Para 2017, a expectativa do mercado financeiro para a inflação permaneceu estável em 4,90%. O índice está abaixo do teto de 6% para o IPCA, fixado para o ano que vem, mas ainda acima da meta central de inflação, que é de 4,5%.

A autoridade monetária tem informado que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016, ou seja, trazer a taxa para até 6,5%, e também fazer convergir a inflação para a meta central de 4,5% em 2017. A queda da inflação acontece em um momento de recessão na economia brasileira, com alta do desemprego e com as famílias envididadas.

Produto Interno Bruto

Para o PIB de 2016, o mercado financeiro manteve em 3,48% sua estimativa para o "encolhimento" do nível de atividade da economia brasileira.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

Essa será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de retração no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. No ano passado, o recuo foi de 3,8%, o maior em 25 anos.

Para 2017, os economistas das instituições financeiras baixaram a previsão de alta do PIB – que passou de 0,70% para 0,58%, informou o BC. Foi a nona queda consecutiva do indiador.

Recentemente, o governo estimou um tombo de 3,5% para o PIB deste ano e uma expansão de 1% para o nível de atividade econômica em 2017.

Taxa de juros

O mercado financeiro manteve, na última semana, sua previsão para a taxa básica da economia, a Selic, em 10,50% ao ano para o fechamento de 2017 – o que pressupõe continuidade do processo de corte de juros no ano que vem. Atualmente, os juros estão em 13,75% ao ano.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados.

As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Quando julga que a inflação está compatível com as metas preestabelecidas, o BC pode baixar os juros.

Câmbio e balança comercial

Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2016 recuou de R$ 3,39 para R$ 3,38. Para o fechamento de 2017, a previsão dos economistas para o dólar subiu de R$ 3,45 para R$ 3,49.

A projeção do relatório Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2016 permaneceu em US$ 47 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit ficou estável em US$ 45 bilhões.

Fonte: G1

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