A arrecadação de impostos federais registrou alta real de 8,21% em agosto na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a R$ 172,314 bilhões. Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (27/9) pela Receita Federal, com o desempenho do mês, o recolhimento nos oito primeiros meses do ano atingiu a marca de R$ 1,464 trilhão, elevação real de 10,17% contra o mesmo período de 2021.
Considerando somente as receitas administradas pela Receita, houve alta real de 7,07% no mês passado, somando R$ 165,184 bilhões, na comparação com o mesmo mês de 2021. A alta nominal foi de 16,41%. No ano, as receitas administradas somaram R$ 1,371 trilhão, alta real de 8,25% e nominal de 19,95%.
De acordo com o órgão, o desempenho da arrecadação de agosto foi marcado pelo recolhimento atípico de R$ 5 bilhões em Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) por empresas ligadas ao setor de commodities, como petróleo, minério e alimentos. Com os preços desses produtos em alta, por conta da inflação, há um recolhimento maior de tributos.
A receita própria de outros órgãos federais foi de R$ 4,567 bilhões no mês passado, alta real de 43,61% na comparação com o mesmo período do ano passado. No ano, a receita própria de outros órgãos somou R$ 56,370 bilhões, o que corresponde a alta real de 49,18% contra o mesmo período de 2021.
Desonerações
No acumulado de janeiro a agosto de 2022, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1,464 trilhão, representando um acréscimo pelo IPCA de 10,17%. A Receita destacou que se trata do melhor desempenho arrecadatório desde 2000, tanto para o mês de agosto quanto para o período acumulado.
Nos primeiros oito meses do ano, o governo federal também deixou de arrecadar R$ 91,143 bilhões por meio de desonerações tributárias. Em 2021, o governo federal abriu mão de R$ 66,103 bilhões no mesmo período, ou R$ 25,040 bilhões a menos. Apenas em agosto deste ano as desonerações somaram R$ 11,900 bilhões.
Fonte: Correio Braziliense