A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas registrou alta real (acima da inflação) de 4,12% em outubro, para R$ 131,880 bilhões, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (27) pela Secretaria da Receita Federal. Foi o maior valor para meses de setembro desde 2016, ou seja, em dois anos. No mesmo mês do ano passado, a arrecadação federal somou R$ 126,664 bilhões (valor corrigido pela inflação). Em outubro de 2016, por sua vez, foram arrecadados R$ 159,784 bilhões, com a correção pela inflação. Aquele mês, porém, contou com receita extraordinária da repatriação de recursos do exterior de mais de R$ 45 bilhões. De acordo com a Receita Federal, o mês de setembro também foi o décimo segundo mês consecutivo em que a arrecadação federal teve crescimento real frente ao mesmo período do ano anterior. A alta da arrecadação acontece em um momento de reaquecimento, ainda que mais fraco do que esperado inicialmente, da economia, que saiu da recessão no ano passado – quando o Produto Interno Bruto (PIB) registrou um crescimento de 1%, depois de dois anos de recessão. Os valores arrecadados também estão sendo influenciados positivamente pelas receitas com "royalties" do petróleo – por conta da alta do preço do produto no mercado internacional. Em outubro deste ano, a arrecadação dos "royalties" subiu 77,54% em termos reais (acima da inflação), para R$ 11,57 bilhões. Acumulado do ano No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, a arrecadação total somou R$ 1,196 trilhão, com crescimento real de 5,98% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados oficiais, foi a maior arrecadação para esse período desde 2014, isto é, em quatro anos. A Receita Federal informou que cresceu, de janeiro a outubro deste ano, a arrecadação com parcelamentos (Refis, incluindo também a dívida ativa), além da alta nas receitas com combustíveis, devido ao aumento da tributação autorizada no ano passado, o que rendeu ao governo R$ 8,96 bilhões a mais em 2018, e, também, por conta da arrecadação oriunda de ações de cobrança efetuadas pelo Fisco. A arrecadação de "royalties" do petróleo foi outro fator que ajudou bastante a arrecadação na parcial deste ano – quando os valores somaram R$ 52,468 bilhões, com alta real de 54% frente ao mesmo período de 2017 (R$ 32,804 bilhões). Esse crescimento está relacionado com a alta do preço do produto no mercado internacional, com o aumento da produção interna e com a disparada do dólar. G1.