O Banco Central informou nesta quinta-feira (22) que realizou "ajustes" nos recolhimentos compulsórios sobre recursos à vista e a prazo.
Os compulsórios são um percentual desses depósitos que tem de ser mantido na autoridade monetária, ou seja, valores que são "esterilizados". São instrumentos para regular a quantidade de dinheiro no mercado e ajudar no controle da inflação.
De acordo com a instituição, as alterações representarão uma liberação de R$ 2,7 bilhões em valores que estavam antes retidos ao mercado financeiro. Esse montante é pequeno diante do recolhimentos compulsórios totais, que somaram R$ 449 bilhões em meados de novembro.
O BC informou que as mudanças têm por objetivo simplificar as regras do recolhimento compulsório, permitindo uma redução dos custos para o sistema financeiro.
Entre as alterações, está a antecipação do fim de deduções dos bancos nos compulsórios que acabariam no fim de 2019, a redução da alíquota (parcela de recursos que tem de ser mantida no BC) sobre recursos a prazo, de 34% para 33%, e sobre recursos à vista - de 25% para 21%.
"Além disso foram atualizados os valores de algumas deduções como as baseadas no nível I do Patrimônio de Referência nos recolhimentos sobre recursos a prazo e como as que incidem sobre os valores médios do recolhimento compulsório sobre recursos à vista (sobe de R$ 200 milhões para R$ 500 milhões)", acrescentou a instituição.
De acordo com o BC, as alterações nos compulsórios sobre recursos à vista e a prazo fazem com que oito instituições de menor porte passem a não ter mais obrigatoriedade desses recolhimentos.
Também diminuiu, informou a autoridade monetária, a exigência mínima diária de cumprimento da exigibilidade de 80% para 65% sobre os montantes de exigibilidade sobre recursos à vista, "permitindo aos bancos maior flexibilidade e garantindo melhores condições de funcionamento do mercado monetário".
G1.