Bancos suspendem empréstimo após corte nos juros do consignado do INSS

Na lista estão instituições como Bradesco, Pan, Banco Mercantil do Brasil e C6 Bank. A onda confirma previsões que executivos do setor já vinham fazendo nos últimos dias de que havia um risco de corte na oferta do produto


17/03/2023 - 09:14

Depois que o Conselho Nacional de Previdência Social aprovou nesta segunda-feira (13) a queda dos juros do empréstimo consignado do INSS, uma série de bancos começou a suspender suas operações de empréstimo na modalidade.

 

Na lista estão instituições como Bradesco, Pan, Banco Mercantil do Brasil e C6 Bank. A onda confirma previsões que executivos do setor já vinham fazendo nos últimos dias de que havia um risco de corte na oferta do produto.

 

Com a redução de 2,14% ao mês para 1,70% no teto do empréstimo pessoal, a avaliação entre executivos do setor é que a margem do produto tende a ficar negativa, o que pode tornar inviável a concessão de crédito para uma parte dos aposentados, especialmente aqueles que concentram maior risco de inadimplência, ou seja, os que têm renda menor e a camada mais idosa.

 

Segundo o Mercantil, que tem foco no público acima de 50 anos, a suspensão é temporária. "Estamos avaliando a situação e ajustando o produto às novas condições. O cartão consignado e as demais modalidades de crédito pessoal continuam vigentes", diz o banco. O Pan também fala em suspensão temporária.

 

Procurada pelo Painel S.A., a Febraban não comenta o movimento dos bancos. Em nota, a federação afirma que cada instituição tem sua estratégia comercial e não houve qualquer decisão coletiva. "Os bancos que ofertam o consignado não reportaram à Febraban a suspensão da linha de consignado para aposentados do INSS. 

 

Como essa decisão não é uma iniciativa setorial, cada banco tem sua política comercial de concessão de crédito, não cabendo reportar à Febraban as linhas de crédito que concedem ou deixam de conceder", diz o comunicado.

 

Mais cedo, nesta semana, a Febraban divulgou comunicado em que já apontava preocupação com o caso. "Os patamares de juros fixados não suportam a estrutura de custos do produto e os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado, levando um público, carente de opções de crédito acessível, a produtos que possuem em sua estrutura taxas mais caras (produtos sem garantias), pois uma parte considerável já está negativada".

 

Outra entidade do setor, a ABBC (Associação Brasileira de Bancos), que representa os bancos de pequeno e médio porte, também divulgou comunicado com alerta semelhante.

 

"A redução traz riscos à continuidade das suas atuações nesta operação com a implementação dos novos tetos, o que poderá resultar em concentração de mercado em poucos bancos, prejudicando a concorrência na prestação de serviços ao aposentado, em especial para o público não-bancarizado", disse a ABBC.

 

Fonte: Correio do Estado

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