Bolsonaro: por desoneração, empresários apoiarão PEC e reforma administrativa
Governo decidiu prorrogar a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia por mais 2 anos
“Resolvemos prorrogar por mais 2 anos a desoneração da folha. Isso dá quase R$ 8 bi por ano. E dizer que eles assumiram compromisso de nos ajudar também a aprovar os Precatórios e aprovar a reforma administrativa, que deixar bem claro não pega nenhum atual servidor”, afirmou durante live semanal. A live semanal do presidente foi realizada uma hora mais cedo nesta 5ª. Em seus perfis nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que a transmissão foi antecipada por causa do jogo entre Flamengo e Bahia pelo Campeonato Brasileiro, marcado para 19h –horário habitual da live presidencial.
Mais cedo, Bolsonaro recebeu, no Palácio do Planalto, representantes de setores da economia e os ministros Paulo Guedes (Economia) e Tereza Cristina (Agricultura). No encontro, foi negociada a prorrogação. Em 2020, Bolsonaro vetou a proposta.
O governo busca apoio para aprovar a PEC dos Precatórios, que parcela dívidas da União e abre espaço no Orçamento para o governo poder bancar o Auxílio Brasil no valor de R$ 400 para as famílias mais vulneráveis. O valor veria por um benefício complementar, que deve ser pago até o fim de 2022, ano eleitoral.
O texto foi aprovado na Câmara depois de intensa articulação do governo e do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A PEC ainda precisa ser aprovada no Senado. “O que nós queremos com isso aí parcelar para quem tem a receber mais de R$ 600 mil [em dívidas de precatórios]. É abrir um espaço no orçamento para a gente acertar a questão da majoração do Auxílio Brasil, do novo Bolsa Família”, disse....
Bolsonaro também criticou a atitude de partidos que votaram contra a PEC na Câmara. Segundo ele, o governo apresentou “uma solução com toda a responsabilidade” e que não fura a regra fiscal do teto de gastos. A PEC muda o cálculo da inflação da regra do teto. “Quando temos uma proposta para dobrar o ticket do Bolsa Família o PT, Psol, PC do B, o Novo são contra. Querem que a gente dê meios para 17 milhões de famílias sobreviveram e quando a gente apresenta uma solução com toda responsabilidade não furando o teto e etc eles voltam contra. Votam contra o povo trabalhador”, disse.