A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, recuou 3,22% em outubro deste ano, para R$ 2,64 trilhões, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (24) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em setembro, o endividamento público estava em R$ 2,73 trilhões. Foi a primeira queda da dívida desde janeiro deste ano.
A redução da dívida em outubro deste ano está relacionada, principalmente, com o alto volume de resgates (vencimentos) de títulos públicos. No mês passado, foram resgatados R$ 148,7 bilhões em papéis, ao mesmo tempo em que as emissões foram bem menores: R$ 37,79 bilhões. Já a apropriação de juros sobre o estoque da dívida, que contribuiu para o seu aumento, somou R$ 22,80 bilhões no último mês.
Dívida interna X externa
No caso da dívida interna, houve queda de 3,27% em outubro, para R$ 2,5 trilhões. Neste caso, o forte resgate líquido (acima do volume de emissões) de R$ 110 bilhões contribuiu para seu recuo.
Já no caso do endividamento externo, a redução foi de 2,37% no mês passado, para R$ 142 bilhões. No caso da dívida em moeda estrangeira, o recuo da dívida se deveu, ainda segundo o Tesouro Nacional, à queda do dólar.
Como a dívida no exterior é cotada em moeda estrangeira, principalmente o dólar, quando estas moedas caem frente ao real, consequentemente também recua o valor da dívida externa.
Programação para 2015
No início deste ano, a Secretaria do Tesouro Nacional informou que, após terminar 2014 em R$ 2,29 trilhões, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de R$ 2,6 trilhões no fechamento de 2015. As informações foram divulgadas por meio do Plano Anual de Financiamento (PAF). No mês retrasado, porém, revisou esse teto para R$ 2,8 trilhões. Ou seja, informou que a dívida subirá mais em 2015.
Fonte: G1