As contas do setor público consolidado, que englobam governo federal, estados, municípios e empresas estatais, registraram déficit primário de R$ 8,224 bilhões em maio. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Banco Central (BC).
Isso significa que as despesas de todos os entes públicos superaram as receitas obtidas com impostos e contribuições. O resultado primário, porém, não inclui o que será desembolsado para pagar os juros da dívida pública.
Os dados do BC mostram que somente o governo federal teve saldo negativo nas suas contas, de R$ 11,120 bilhões. Já os governos estaduais e municipais registraram superávit de R$ 2,229 bilhões. As empresas estatais também tiveram saldo positivo de R$ 668 milhões.
Apesar do desempenho negativo, esse é o menor déficit para o mês desde 2015, quando o rombo foi de R$ 6,9 bilhões. Em maio do ano passado, o déficit atingiu R$ 30,736 bilhões.
Acumulado do ano e em 12 meses De janeiro a maio, o setor público consolidado registra um déficit primário de R$ 933 milhões. Apesar de negativo, o valor representa uma melhora em relação a 2017, quando, no mesmo período, o déficit era de R$ 15,631 bilhões.
Quando se analisa o saldo total nos 12 meses encerrados em maio, o resultado é negativo em R$ 95,885 bilhões.
Para 2018, o setor público está autorizado a registrar déficit (despesas maiores que receitas) de até R$ 161,3 bilhões. Esse valor também não inclui os gastos com juros da dívida.
Após despesa com juros Quando se observa o resultado nominal, que incorpora na conta o gasto do governo federal com o pagamento dos juros da dívida pública, o déficit do setor público consolidado sobe para R$ 47,896 bilhões em maio.
Em 12 meses até maio de 2018, o resultado nominal ficou negativo em R$ 480,163 bilhões, o equivalente 7,21% do PIB.
Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.
O pagamento de juros nominais somou R$ 39,672 bilhões em maio e R$ 158,526 bilhões no acumulado do ano. Fonte: G1