A movimentação contra as reformas do trabalho e da Previdência mobilizou também dezenas de fiscais tributários em Dourados, que foram às ruas engrossar o apelo popular no sentido de o governo e o Congresso Nacional reverem suas posições.
De acordo com o delegado sindical Roberval Edson dos Santos, a insatisfação é geral e praticamente todos os setores da sociedade estão contra as reformas. "Mais uma vez tentam impor à população a conta pelo descalabro com que sucessivos governantes administram o País. Não dá para ficar de braços cruzados em um momento tão grave como esse, no qual direitos e garantias correm o risco de serem violados", argumentou.
Dourados entrou no cenário do manifesto nacional e durante toda esta sexta-feira bancos e escolas públicas permaneceram fechados. Algumas rodovias foram bloqueadas, total e parcialmente, no período da manhã, assim como a frota de ônibus que não atendeu a população até às 13h30, pois estudantes bloquearam a saída de veículos da garagem. No período da tarde ocorreu manifestação no centro da cidade, com passeata e concentração na avenida Marcelino Pires.
O movimento na região central teve início por volta das 15h e reuniu estudantes, Movimento Sem Terra (MST), indígenas e profissionais de diferentes categorias, a maioria de servidores públicos, liderados por centrais sindicais. Diferente dos demais protestos, desta vez os organizadores do ato montaram um palco com som no cruzamento da avenida Marcelino Pires com Hayel Bon Faker.