O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem, que ainda não está definido o valor do corte do Orçamento de 2014. "Será definido nas próximas semanas", afirmou, ao deixar uma reunião com líderes partidários no Senado. Na última terça-feira a presidente Dilma Rousseff esteve reunida com a Junta Orçamentária, da qual Mantega também faz parte, para discutir o tamanho do esforço fiscal que será perseguido em 2014.
Ele confirmou também que, "se for necessário", o Tesouro Nacional pode dar ajuda auxiliar para distribuidoras de energia, além dos R$ 9 bilhões previstos no Orçamento para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Mantega, entretanto, não detalhou valores. "Não sabemos em que medida pode ser o auxílio, temos de esperar mais um pouco para saber qual é o rumo que a chuva vai tomar, se vai vir mais, se vai vir menos. Por enquanto, é um problema de janeiro e fevereiro", disse. "Daremos cobertura para esses problemas, de modo que isso não passe para a tarifa do consumidor final", afirmou.
Mantega, disse ainda que o governo não deixará que o aumento do custo da energia, devido ao acionamento das térmicas, chegue ao consumidor final. Por conta da falta de chuvas e forte consumo de energia, as geradoras térmicas mais caras foram acionadas neste ano, levando o preço da energia de curto prazo a patamar recorde.
"Por enquanto é um problema de janeiro e fevereiro, mas estaremos dando cobertura de modo que isso não passe para a tarifa do consumidor final", disse.