O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC) fechou em 0,97% em outubro, o maior registrado para o mês desde 2002, quando foi de 2,24%. No acumulado dos doze últimos meses, a inflação já ultrapassou os dois dígitos, chegando a 10,32%, o que não acontecia desde 2003 (quando o acumulado no ano atingiu 11,82%). As altas nos preços dos combustíveis foram os principais vilões para alavancar o índice.
O coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas (NEPES) da Uniderp, Celso Correia de Souza, vê com preocupação a escalada de aumento da inflação na Capital. “É muito negativo (ultrapassar 10%) porque indica que o Governo não está conseguindo produzir efeito positivo com suas medidas econômicas e, com isso, o consumidor acaba sendo lesado”, frisa.
A inflação de 0,97% em outubro é o quinto maior índice registrado na Capital neste ano e ficou 45 pontos percentuais acima que o registrado no mesmo mês de 2014 (0,52%). O acumulado já está bem longe do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 6,5%.
O retorno da inflação ao centro da meta estabelecido pelo CMN, que é de 4,5%, só deverá ocorrer em meados de 2016, se as medidas tomadas pelas autoridades do governo forem aprovadas e bem-sucedidas, avalia o economista Celso. O consumidor também vai precisar mudar alguns hábitos de consumo.
Fonte: Correio do Estado