A intervenção do Banco Central (BC), que vendeu quase US$ 1 bilhão no mercado futuro, não conseguiu segurar a cotação da moeda norte-americana. O dólar comercial encerrou a última sexta-feira vendido a R$ 2,2405, registrando uma alta de 0,69%.
Na manhã da última sexta, o BC leiloou US$ 994,6 milhões no mercado futuro. A operação amenizou a alta da cotação no início da tarde, mas o dólar voltou a subir com mais depois das 15h até ultrapassar R$ 2,24 por volta das 16h30.
Apesar de ter subido, o dólar encerrou a semana com queda de 0,8%. No ano, há alta de 9,4%. O governo tem tomado várias medidas para conter a valorização da moeda. Além das vendas de dólares no mercado futuro, o BC retirou parte do compulsório sobre as apostas de que o dólar vai cair e eliminou restrições de prazos para que os exportadores financiem antecipações de pagamentos.
Ele também retirou barreira à entrada de capitais estrangeiros. O Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota era 6%.
Desde o fim de maio, o mercado financeiro enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. Ele poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global caso o emprego e a produção no país mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada.