O dólar fechou acima de R$ 2,30 pela primeira vez em mais de quatro anos. A cotação não era ultrapassada desde 31 de março de 2009, quando a moeda norte-americana atingiu R$ 2,319. Ontem (1°) o dólar encerrou o dia cotado a R$ 2,302, com alta de 0,85% em relação ao valor desta quarta-feira.
Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta instabilidade por causa da perspectiva de o Federal Reserve (Fed, banco central americano) reduzir os estímulos monetários para a economia norte-americana. Após reunião ontem (31), o Fed informou que a economia dos Estados Unidos ainda precisa de suporte, sinalizando que não haveria uma retirada imediata do apoio. No entanto, dados positivos sobre a indústria norte-americana voltaram a assustar os investidores quanto ao fim do auxílio hoje.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou o comportamento do câmbio nesta quinta-feira. Na avaliação do ministro, a volatilidade continuará até que o Fed comece efetivamente a desativar dos estímulos. "O câmbio tem sido volátil por causa do anúncio do Fed de que vai mudar a política. Quando há notícia boa nos Estados Unidos, o mercado deduz que o banco vai acelerar a retirada dos estímulos monetários. Isso já dura mais de um mês e nós agimos para reduzir essa volatilidade", disse. Para conter a alta da moeda americana, na manhã de ontem o Banco Central (BC) fez três leilões equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, o swap cambial.
As informações são da Agência Brasil.