Em Mato Grosso do Sul, 24% das empresas industriais registraram crescimento na produção, na comparação com o mês de setembro. O número faz parte da Sondagem Industrial do Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias de MS).
Outros 49% das empresas industriais participantes apontaram estabilidade na produção, e 70% afirmaram que mantiveram a utilização da capacidade instalada ou registraram capacidade um pouco acima do usual para o mês.
Ainda segundo a sondagem, a falta de trabalhador qualificado foi o principal desafio no 3º trimestre de 2022 apontado pelos respondentes, seguido da falta ou alto custo da matéria prima e da elevada carga tributária.
No entanto, há otimismo no setor para os próximos seis meses, segundo o coordenador da unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
Otimismo - “Com essa combinação, os índices de confiança e intenção de investimento permanecem em patamares elevados, com 66% dos empresários afirmando que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses, enquanto 53% disseram confiar na melhora da economia brasileira nesse mesmo período”, detalhou.
Entre as participantes, 26% responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos e 9,1% preveem queda. Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 64,9% do total.
Com relação ao número de trabalhadores, 18,2% das empresas disseram que o número de empregados deve aumentar nos próximos seis meses e 5,2% acreditam que esse número deve cair, contra 76,6% que esperam manter o número de funcionários estável.
Investimentos - Além disso, em outubro, o índice de intenção de investimento do empresário industrial ficou em 61,6 pontos, aumento de 8 pontos em relação à média histórica obtida para o mês. No atual levantamento, 66,2% das empresas industriais disseram que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses. Os resultados variam de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir.
Em relação às condições atuais da economia brasileira, 45,5% dos empresários afirmaram que não houve alteração, mesma porcentagem entre os que acreditam que nada mudou também na economia sul-mato-grossense. Já a respeito da própria empresa, o número ficou em 42,9% e outros 10,4% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, mesma porcentagem entre aqueles que houve piora também na economia estadual.
Com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 14,3% dos respondentes. Por fim, para 44,2% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram. Já em relação à economia estadual esse percentual também ficou em 44,2% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 42,9%.
Foram ouvidas 77 empresas ou 4,4% da amostra nacional, sendo 37 pequenas, 32 médias e oito grandes, dos segmentos de produtos alimentícios, produtos de material plástico, produtos de metal, confecção de artigos do vestuário e acessórios, produtos de minerais não metálicos, produtos têxteis, máquinas e equipamentos, bebidas, produtos de borracha, extração de minerais não metálicos, produtos de madeira, biocombustíveis, químicos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, atividades de apoio à extração de minerais, couros e artefatos de couro, produtos de limpeza, produtos farmoquímicos e farmacêuticos, metalurgia, fabricação de reboques e carrocerias, móveis e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos.