Exatamente, 991.420 mil pessoas de Mato Grosso do Sul podem terminar o ano inadimplentes, segundo dados do Serasa. As dívidas chegam a um valor total de R$ 4.582.966.727,96. Já em Campo Grande são 394.495 inadimplentes, com o acúmulo de dívida que chega a 1.450.507, no valor de R$ 2.085.297.905,96.
Uma das soluções oferecidas pela economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico), Andreia Ferreira, é usar o 13° salário para aliviar as contas.
“Sugiro que seja feito o devido registro no orçamento doméstico, uma vez que nem sempre é possível regularizar ou mesmo realizar todos os desejos de consumo de uma única vez”.
“Nesse sentido, é importante ficar atento às taxas de juros cobradas em caso de uma compra parcelada, e pensar se é realmente necessário fazer aquela compra. Sabendo diferenciar a necessidade de um simples desejo, muitos problemas financeiros podem ser evitados”, afirma Andreia.
Além disso, a economista orienta também que não seja usado o recurso antes de fazer um orçamento. “Uma vez feito este registro com a estimativa das receitas e previsão das despesas essenciais como – moradia, alimentação, saúde, educação, comunicação e transporte – é hora de separar parte do 13º salário para quitar ou abater as despesas tradicionais de começo de ano, como IPTU, IPVA, material e vestuário escolar, além de anuidades profissionais”.
A profissional explica também que a vida não deve se resumir a pagar contas e destaca que vale fazer uma separação adequada para realizar algum desejo ou necessidade de consumo.
“Sendo assim, a dica vale para aguardarem o período de liquidações que sempre vem após as festas e mesmo assim, é importante realizar uma pesquisa de preços, o que pode ser feito até com a ajuda de sites e aplicativos desenvolvidos para este fim”, finaliza Ferreira.
Movimentação financeira
Segundo as estimativas do Dieese, o 13° salário deve injetar R$ 3.185.651.027,36 na economia de Mato Grosso do Sul, neste ano. Deste total, R$ 883.841.178 serão para 323.598 aposentados e pensionistas do Estado, com valor médio de R$ 1.426,46.
Outros 26 mil empregados domésticos com carteira assinada receberão R$ 35.828, com média de R$ 1.378; e 730.718 assalariados do setor público e privado vão receber o total de R$ 2.265.981.849, tendo média de R$ 3.101,03. Já na economia brasileira, serão injetados cerca de R$ 249,8 bilhões.