O setor industrial de Mato Grosso do Sul cresceu 3,18% de 2019 para 2020, conforme a Pesquisa Industrial Anual, divulgada nesta quinta-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o estudo, a atividade foi responsável por empregar cerca de 95,3 mil pessoas no último ano analisado.
Desde 2011, o setor ganhou 15,8 mil postos de emprego - ou seja, aumento de 19,9%. Neste período, o Estado aumentou participação, com ênfase na expansão da produção de celulose e de biocombustíveis, que juntas quase triplicaram suas participações no Estado, vindo de 22,3% em 2011, para 50,0% em 2020.
As três principais atividades do Mato Grosso do Sul são a fabricação de celulose, papel e produtos de papel (31,0%), produtos alimentícios (28,5%) e produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (19,0%).
Somente essas três atividades econômicas, concentraram cerca de 78,5% do montante estadual, "revelando forte concentração produtiva e, consequentemente, dependência desses mercados", conforme o IBGE.
VTI - O Estado teve maior aumento na participação do VTI (valor de transformação industrial) em todo Centro-Oeste, mas está atrás de Goiás (46,5%) e Mato Grosso (25,2%) no acumulado da produção (25,1%). Na prática, este valor subiu de R$ 20,65 bilhões para R$ 23,83 bilhões.
Em 2020, havia 1.713 empresas industriais ativas em território sul-mato-grossense, com cinco ou mais pessoas ocupadas, 88 a mais que 2019. O maior número de empresas está ligado à fabricação de produtos alimentícios (426 empresas), seguido por produtos não minerais não-metálicos (204) e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (186).
Vale ressaltar que as indústrias de transformação representaram 97,3% do total de pessoas ocupadas na indústria, neste período. Dentre elas, destacam-se os relacionados a produtos alimentícios (45,4%), derivados do petróleo e de biocombustíveis (14,9%) e celulose, papel e produtos de papel (7,2%).
Vendas - Em 2020, o estudo mostrou que, no Estado, empresas ativas geraram receita líquida de vendas de atividades industriais de aproximadamente R$ 59,2 bilhões. Dentre estas, a indústria de transformação gerou R$ 57,8 bilhões.
Destacam-se indústrias de fabricação de produtos alimentícios, que geraram receita de R$ 26,2 bilhões, seguidas pela celulose, papel e produtos de papel, com R$ 11,1 bilhões e pela de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, com R$ 7,2 bilhões.