“Nós somos o equilíbrio do sistema financeiro e tributário de qualquer sociedade”. Esta foi a definição do papel do fiscal tributário estadual defendida pelo presidente do Sindicato dos Fiscais Tributários de Mato Grosso do Sul (Sindifiscal), Francisco Carlos de Assis, o Chiquinho. Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias desta segunda-feira (7), ele destacou o trabalho do fiscal e seus benefícios para a sociedade. O presidente do Sindifiscal adiantou que hoje o maior desafio do Sindicato é promover o reconhecimento profissional dos fiscais tributários estaduais.
“É fácil quando falamos do trabalho de um policial. Rapidamente o cidadão entende que o policial o beneficia com questões ligadas à segurança. O mesmo acontece com o professor de uma escola pública, seu serviço está ligado à educação dos nossos filhos. O fiscal tributário é quem busca os recursos, as receitas para o Estado entregar o que a Constituição garante ao cidadão. É dinheiro do financiamento da segurança pública, da moradia, da escola, da saúde. O trabalho do fiscal tributário também beneficia aos moradores dos municípios. O ICMS, por exemplo, que é o principal tributo fiscalizado, 25% do total arrecadado vai para as Prefeituras”, frisou ele.
Chiquinho esclareceu que o trabalho dos profissionais é fiscalizar os tributos estaduais. “Temos capilaridade por todo o Estado. Trabalhamos nos postos fiscais, na fiscalização móvel, nas agências fazendárias, nos aeroportos, nos Correios, nas transportadoras e na parte interna da Sefaz (Secretaria de Fazenda), ocupando cargos de expressão”, alegou.
Reforma Tributária
Chiquinho enfatizou que ainda a importância da Reforma Tributária para melhorar a condição da sociedade. “Participamos e contribuímos com o texto da Reforma Tributária que tramita no Congresso Nacional por meio de uma comissão na nossa federação - FENAFISCO - , e que reputamos ser de grande impacto para a população. A proposta é transformar nosso sistema tributário diferente do que é hoje, um sistema regressivo onde quem ganha menos paga mais. O sistema proposto na Reforma é o progressivo, onde quem ganha menos paga menos e, consequentemente, quem ganha mais pagará mais”, afirmou.
A valorização profissional também foi destacada pelo presidente do Sindifiscal. “Somos um elo importante da cadeia que gera recursos para saúde, educação, enfim, todos os serviços públicos que chegam à população, e que ainda podemos fazer muito mais. Queremos o reconhecimento da sociedade. Alguns temem a fiscalização e, por isso devemos implantar um projeto para informar melhor a população. Assim, quem efetua uma compra ou vende algo, tem que ter a exata noção de que emitir um documento fiscal e recolher o imposto devido é um exercício sublime de cidadania”, finalizou.
A entrevista completa pode ser acessada no player.