Esquema de sonegação de impostos que atingiu R$ 140 milhões é desvendado em operação com duas prisões no Grande Recife

Operação Filito foi deflagrada nesta quarta (21), no Cabo de Santo Agostinho. Empresas investigadas também têm relação com lavagem de dinheiro. Polícia diz que foi maior ação desse tipo no estado.


23/09/2022 - 14:11

Um esquema milionário de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo empresas de material de construção civil foi desvendado em Pernambuco. O valor de impostos que deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos atingiu R$ 140 milhões. Duas pessoas foram presas na Operação Filito.

Na quarta (21), a Polícia Civil também cumpriu dez mandados de busca e apreensão. A corporação disse que essa é considerada a maior ação desse tipo já realizada no estado.

Os detalhes da operação foram repassados durante entrevista coletiva concedida no Recife. A Filito foi deflagrada pela Delegacia de Polícia de Crimes Contra a Ordem Tributária (Decott).

Além de cumprir os mandados, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, a polícia realizou o sequestro de bens e valores e bloqueio de ativos financeiros. Essas medidas foram determinadas pela Segunda Vara Criminal da Comarca do mesmo município.

A polícia não informou quem são as duas pessoas empresa nem divulgou os nomes das empresas envolvidas. Os agentes recolheram computadores, pendrives, documentos, celulares, além de reais e dólares.

A investigação foi iniciada em novembro de 2018. A ação teve a participação de 50 policiais civis e dez auditores fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).

A polícia investigou crimes contra a ordem tributária praticado por uma empresa, “que deixou de recolher Imposto Sobfre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no período compreendido entre janeiro de 2006 a abril de 2007 e em parte de 2010”.

A corporação apontou, ainda, a existência de indício de prática de crimes pela empresa “por ter realizado abatimento na apuração do imposto de valores não considerados créditos fiscais pela legislação, creditando-se de valores meramente ilustrativos”.

Na coletiva, o delegado Ramón Teixeira declarou que a Filito é a maior operação envolvendo sonegação de impostos em Pernambuco.

“A Operação Mar Aberto, de 2019, era considerada a maior até agora. Nela, foi desvendado um crime envolvendo valores de R$ 65 milhões. Ou seja, agora, temos mais do que o dobro de dinheiro sonegado, em relação a um a ação que era considerada o divisor de águas do departamento”, declarou.

O delegado afirmou, ainda, que foi descoberta uma “cadeia de prejuízos” nos valores finais das mercadorias negociadas.

 

Detalhamento

Durante a entrevista, a delegada Gabrielle Nishida detalhou como as empresas envolvidas na fraude atuavam.

Segundo ela, além da sonegação e da lavagem de dinheiro, ficou comprovada uma fraude contra credores.

“Não eram pagos os débitos fiscais nem os credores, devedores trabalhistas e fornecedores. A empresa simplesmente encerrou as atividades e ficou um passivo”, afirmou.

A delegada informou, ainda, que foram investigadas outras empresas envolvidas no esquema. Uma delas teve uma sucessora, após o encerramento das atividades. Outra fazia negócios, desde o começo, com a primeira companhia.

“E o papel dessa terceira empresa era basicamente fornecer matéria-prima com valores superfaturados, para assim ocorrer a lavagem de dinheiro”, explicou.

Nishida afirmou que, mesmo com a operação deflagrada nesta quarta, as empresa foram mantidas na ativa. “

“Coletamos elementos que vão ser periciados São equipamentos eletrônicos e isso pode desencadear um outro passo bem maior”, disse.

Gerente do laboratório forense da Sefaz, Amon Mendel afirmou que as empresas praticavam delitos para burlar o Fisco estadual. Ele falou também sobre a prática de companhias que cometem crimes contra os cofres públicos.

“São empresas que sonegam imposto e ficam devendo ao estado. Os sócios se escondem por trás de pessoas que não são de fato os proprietários. Há empresas que abusam da personalidade jurídica”, afirmou.

 

Fonte: G1

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