FGV projeta melhora do PIB no último trimestre deste ano




19/09/2013 - 00:00

Estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), junto com o The Conference Board (TCB), divulgado ontem, mostra que a atividade econômica brasileira sinaliza uma recuperação mais efetiva do Produto Interno Bruto (PIB) somente no quarto trimestre deste ano.
O Indicador de Antecedente da Economia (Iace) de agosto, calculado pelas entidades - que aponta o cenário para daqui três a quatro meses - apresentou alta de 0,9% na comparação com julho, ao passar de 124,1 pontos para 125,2 pontos. "Foi a primeira alta em quatro meses seguidos de queda do indicador. O resultado de agosto mostra uma reversão do ciclo", disse o economista da FGV/Ibre, Paulo Picchetti.
Em julho, houve uma redução de 2,2%, em junho, o Iace caiu 0,3%. Nos meses anteriores, abril e maio, as quedas foram de 0,2% e 1%, respectivamente.
O especialista comenta que fatores como o setor externo e a entrada de investimentos devem colaborar para essa retomada da economia no último trimestre. "Do lado externo, deve aumentar a demanda tanto por produtos primários quanto manufaturados do Brasil, além disso, com relação à Formação Bruta de Capital Fixo [FBCF, que equivale a investimentos], os leilões das concessões devem continuar", afirma o economista do Ibre.
Contudo, Picchetti ressalta que esses fatores positivos são "hipóteses". Ou seja, "não estão assegurados" que irão acontecer no final de 2013. "A sinalização pelos dados de agosto são de um ambiente favorável mais a frente, mas vamos observar o comportamento da economia nos próximos meses", ressalta.
Já com relação ao terceiro trimestre, o levantamento ao mostrar quedas no Iace nos últimos meses, revela que pode ocorrer um desempenho baixo do indicador ou até mesmo negativo no acumulado de julho a setembro. A previsão do Ibre para o PIB do terceiro trimestre é de queda de 0,4%, na comparação com o acumulado dos três meses imediatamente anteriores, segundo o economista do instituto.
"É improvável que o crescimento relativamente elevado do PIB de 6% [anualizado] do segundo trimestre se sustente", disse Picchetti. "O comportamento do IACE nos últimos meses aponta para uma desaceleração considerável da economia no terceiro trimestre", acrescentou.
Por meio de nota, o economista do The Conference Board, Ataman Ozyildirim, avaliou que "a melhora das expectativas de consumidores e do setor de Serviços levou a um avanço do Iace". "A melhoria sinaliza uma diminuição relativa dos fatores de risco econômico, mas o fraco desempenho da maioria dos componentes do IACE este ano sugere que uma recuperação mais expressiva de crescimento é muito improvável no segundo semestre de 2013", entende.
De acordo com o estudo, cinco dos oito componentes contribuíram positivamente para o índice de agosto: o Índice de expectativas das sondagens dos Serviços (contribuição de 0,58%), o Índice de expectativas das sondagens do Consumidor (0,44%) - ambos da FGV -; o Índice de produção física de bens de consumo duráveis do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com contribuição de 0,03%; o Índice de quantum de exportações medido pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), com 0,16% de ajuda; e o Ibovespa (0,14%). O resultado só não foi maior por conta da contribuição negativa de 0,32% do Índice de Termos de Troca, calculado pela Funcex.

Condição atual

Outro dado divulgado ontem, o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE) do Brasil, também elaborado pelo FGV/Ibre e pelo The Conference Board, que mede as condições econômicas atuais, aumentou 0,1% em agosto, atingindo a marca de 128,7 pontos.
Segundo as entidades, o resultado ocorre após estabilidade do indicador em julho e alta de 0,2% em junho, segundo estimativas. Três dos seis componentes contribuíram positivamente para a alta de agosto (volume de vendas do varejo; nível da população ocupada, e rendimento médio real dos trabalhadores).

 

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