A projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o crescimento econômico do Brasil em 2019 sofreu corte de 1,3 ponto percentual. Em abril, a instituição previa expansão de 2,1% para o país este ano, mas reduziu ainda mais a expectativa e agora prevê que o PIB brasileiro fechará o ano com avanço de 0,8%, de acordo com o relatório Panorama Econômico Mundial (WEO, na sigla em inglês), divulgado nesta terça-feira.
Em janeiro, no primeiro relatório do ano, a perspectiva de crescimento do FMI para o Brasil era de 2,5%.
No relatório, o FMI aponta como causa o enfraquecimento do otimismo diante de incertezas que ainda persistem sobre a capacidade do governo de tocar reformas econômicas estruturais.
Para 2020, contudo, o FMI ainda acredita em uma aceleração que eleve o crescimento para 2,4%, apenas 0,1 ponto percentual abaixo do que foi projetado no último mês de abril para o ano que vem.
Em relação ao México, onde o FMI observa o nível de investimento ainda fraco e desaceleração do consumo das famílias também como consequências de incertezas políticas e custos mais altos para empréstimos, a previsão de crescimento para este ano foi reduzida em 0,7 ponto percentual, para 0,9%. Para 2020, a expectativa se manteve inalterada em 1,9%.
Os cortes sobre as expectativa de Brasil e México derrubaram a projeção de crescimento para a América Latina. "A previsão é que a região cresça a um ritmo de 0,6% em 2019, 0,8 ponto percentual a menos que o esperado no relatório de abril, e que acelere para 2,3% em 2020", diz o FMI.
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