Após intensa mobilização da Diretoria Executiva, diversos Fiscais Tributários participaram na manhã desta sexta-feira (28.04) do ato nacional contra as reformas trabalhista e previdenciária. Cerca de 70 mil pessoas percorreram o Centro de Campo Grande em adesão à Greve Geral.
A concentração iniciou-se na Praça Ary Coelho e a partir das 10h foi dividida em dois grupos. O primeiro grupo seguindo o trio elétrico se dirigiu pela rua 13 de Maio até o Ministério do Trabalho e depois seguiu até a Praça do Rádio. O segundo trio elétrico seguiu direto pela Avenida Afonso Pena até a Praça do Rádio.
Aderiram à manifestação nacional diversas categorias de servidores federais, estaduais e municipais. Também representantes da educação, saúde, construção civil e filiados a centrais sindicais. Caravanas de servidores de diversos municípios também participaram da mobilização.
Durante a passeata, os organizadores pediram vaias aos deputados federais Carlos Marun (PMDB), Tereza Cristina (PSB), Elizeu Dionízio (PSDB), Geraldo Resende (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) por terem votado favoráveis à reforma trabalhista.
A Diretoria Executiva do Sindifiscal/MS entende que para reformar a Previdência é preciso seriedade e transparência. Elaborar um projeto sem discuti-lo com a sociedade e tentar aprová-lo açodadamente é no mínimo irresponsável.
"Para que haja uma reforma todos os envolvidos têm de ser chamados a enfrentar os problemas. Se tivéssemos um projeto em que se previsse a extinção da DRU (Desvinculação de Receitas da União), regras que determinassem que quando da publicação dos superávits dos bancos fossem descontados os débitos dos mesmos com a previdência ou ainda que os políticos se aposentassem pelo Regime Geral", aí sim o governo estaria agindo de forma transparente e responsável nessa questão", disse Marco Aurélio Cavalheiro Garcia, presidente do Sindifiscal/MS.
Opinião semelhante manifestou Francisco Carlos de Assis, vice-presidente do sindicato. "O governo alega que a Previdência é deficitária mas não toma qualquer medida para, por exemplo, criar refis para conseguir receber ao menos R$ 370 bilhões de dívida ativa recuperável e muito menos iniciativas firmes de combate às fraudes e sonegação. Talvez se o governo assim agisse poderíamos ceder e abrir mão de direitos, pois não é justo que só o servidor público pague a conta", argumentou.