A equipe econômica do governo Jair Bolsonaro quer entregar o texto da reforma da Previdência ao Congresso na próxima quarta-feira (20). A ideia é que o ministro da Economia, Paulo Guedes, faça a entrega, junto com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Após a entrega, assessores do governo avaliam que a melhor forma de iniciar a comunicação do projeto é um pronunciamento de Bolsonaro sobre os detalhes do texto.
A principal preocupação, hoje, é informar corretamente a população sobre o que mudará na aposentadoria quando o texto for aprovado, para evitar ruídos.
Nesta quinta (14), em entrevista à GloboNews, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o problema da reforma não é o texto, mas a “comunicação contra” a proposta.
"As pessoas sempre me perguntam: 'Qual é o maior problema da Previdência? É o texto? Ou é a comunicação?'. É a comunicação, não é? Não a comunicação a favor, mas sim a comunicação contra. Você vê, eu fiz aquela entrevista com vocês, falei que as pessoas trabalhavam hoje até 80 anos. Não fiz nenhuma proposta de ninguém se aposentar com 80 anos. E aí eles fazem uma 'viralização' como se eu estivesse propondo a idade mínima de 80 anos. Quer dizer, é má-fé, e essa má-fé aconteceu na reforma do Temer. Aconteceu na reforma do Lula, aconteceu na reforma do presidente Fernando Henrique. Porque alguns, em vez de terem coragem de defender os seus direitos, muitos tratam de privilégios. E eu trato de direitos", disse Maia.
Na avaliação do presidente da Câmara, se o governo articular a base, a proposta passa na Câmara em maio.
G1