O preço de roupas e de tarifa de telefone residencial subiu e pressionou a inflação para os consumidores de baixa renda. Apesar da influência dessas despesas, o índice mostrou estabilidade em outubro, repetindo a variação de 0,46% do mês anterior.
Em 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) acumula alta de 6,24%, próximo do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%. No ano, o indicador tem alta de 4,97%.
O indicador, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (10.11), mede a inflação para os consumidores de menor renda familiar, que ganham até 2,5 salários mínimos.
Metade dos grupos de despesa mostrou alta dos preços, com destaque para vestuário (de -0,11% para 0,96%). Em saúde e cuidados pessoais, a taxa passou de 0,42% para 0,57%; em comunicação (de 0,03% para 0,31%); e em despesas diversas, de 0,06% para 0,13%.
Nestes grupos, os destaques partiram dos itens: roupas (0,09% para 0,91%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,31% para 0,87%), tarifa de telefone residencial (-0,81% para 0,11%) e alimentos para animais domésticos (-0,24% para 0,38%).
Preços subindo menos
Na contramão, ficaram menores as variações dos preços relativos a habitação (de 0,70% para 0,55%), transportes (de 0,41% para 0,12%), alimentação (de 0,49% para 0,43%) e educação, leitura e recreação (de 0,48% para 0,38%).
Nestas classes de despesa, os destaques ficaram com tarifa de eletricidade residencial (de 2,79% para -0,22%), tarifa de ônibus urbano (de 0,36% para 0,05%), carnes bovinas (de 2,81% para 1,51%) e passagem aérea (de 12,13% para -8,18%).
A taxa para a baixa renda ficou acima da registrada para o conjunto da população, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que ficou em 0,43% no mês passado. Mas, em 12 meses, o IPC-C1 ficou abaixo do IPC-BR (6,84).
Fonte: G1