A inflação da baixa renda ganhou força de abril para maio, acumulando alta de 8,97% em 12 meses e de 6,31% no ano, segundo divulgação nesta quarta-feira (3) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
De abril para maio, a variação do indicador passou de 0,74% para 0,95%.
O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) ficou acima da inflação oficial, de 8,13%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O índice está bem superior ao teto da meta de inflação do Banco Central, que é de 6,5%.
A taxa para a baixa renda ficou acima da registrada para o conjunto da população, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que atingiu 8,63%. Em maio, na comparação com abril, esse indicador variou 0,72%.
Metade dos grupos de gastos analisados pela pesquisa registraram avanço de um mês para o outro: habitação (de 0,64% para 1,16%), alimentação (de 0,82% para 1,16%), despesas diversas (de 0,36% para 1,53%) e educação, leitura e recreação (de 0,22% para 0,36%).
A variação de preços ficou menor em transportes (de 0,18% para -0,19%), saúde e cuidados pessoais (de 1,80% para 1,54%), vestuário (de 0,99% para 0,81%) e comunicação (de -0,24% para -0,3%).
Veja a variação de preços de alguns itens:
Tarifa de eletricidade residencial (de 1,26% para 2,81%)
Hortaliças e legumes (de 1,39% para 11,28%)
Jogo lotérico (de 0,00% para 20,62%)
Salas de espetáculo (de -0,25% para 1,63%)
Tarifa de ônibus urbano (de 0,35% para -0,34%)
Medicamentos em geral (de 3,59% para 2,03%)
Roupas femininas (de 1,55% para 0,79%)
Tarifa de telefone residencial (de -0,64% para -0,76%)
Fonte: G1