Lira afirma que reforma tributária não é para castigar os mais ricos e sim para ser justa
Sobre os protestos de 7 de setembro, Lira disse que não acredita em uma ruptura institucional no país
.O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tentou minimizar as divergências com o Senado em relação à reforma do imposto de renda e disse não acreditar que a Casa comandada por Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ficará de fora do debate defendido por ele. Lira participou, nesta sexta-feira (27), de um seminário da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e opinou também sobre as protestos de 7 de setembro.
"Eu e o presidente Pacheco temos uma excelente relação. Fomos companheiros deputados eu fui o presidente da CCJ quando ele chegou na Câmara. Tivemos o melhor relacionamento e ainda temos. Eu penso que as Casas têm que conversar e elas conversam. Essas versões não ajudam ao País. Essas especulações não promovem nenhum tipo de benefício", disse, sobre a ideia de que o Senado não avançará com a reforma, caso o texto seja aprovado pela Câmara.
E acrescentou: "A gente tem que respeitar determinado processo legislativo que inicia-se no Senado, vem para a Câmara, e se ele for modificado, o Senado dá uma palavra e vice-versa."
Lira, no entanto, admitiu as posições divergentes sobre o tema. "As Casas têm posições independentes. O presidente Pacheco defende, talvez como alguns deputados defendam, a tributação menor de dividendos. O problema são as contas", disse, em seminário da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Esfera.
O presidente da Câmara disse ainda que a reforma tributária não quer castigar os mais ricos, mas que precisa ser justa. “Às vezes a gente recebe muita reclamação com relação a dividendos, que é uma quebra de paradigmas no Brasil, mas nó não queremos taxar os mais ricos e nem prejudicar ninguém. Mas não podemos ter em cada brasileiro milionário na pessoa física uma Suíça ambulante no Brasil”, explicou.
Lira afirmou que a polarização é nociva para o Brasil, mas que o país está se recuperando economicamente, e disse ainda que não haverá furo no teto de gastos para pagar o Auxílio Brasil, que é o novo Bolsa Família. “Nós não aventamos a possibilidade de romper o teto para dar o Auxílio Emergencial ou para dar o Auxílio Brasil. Nós não podemos permitir que o teto seja estourado em qualquer possibilidade para o precatório. Nós não podemos permitir que esse juro futuro chegue a um limite que o Brasil perca credibilidade nos seus títulos para não conseguir rolar em leilões públicos a dívida imediata”, afirmou.
Sobre os protestos de 7 de setembro, Lira disse que não acredita em uma ruptura institucional no país. “Nunca se falou tanto em 7 de setembro na história do Brasil. O humor das bolsas e dos mercados está na hipótese do 7 de setembro, pelo amor de Deus não haverá nada nesta data. A gente tem que se esforçar para que os movimentos de rua aconteçam e sejam pacíficos, grandes ou pequenos é irrelevante. A gente tem trabalhado em Brasília para distensionar, diminuir e dirimir”, opinou o presidente da Câmara.
. Fonte: Rádio Itatiaia