A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial em 2020 caiu de 4,00% para 3,95% na pesquisa semanal Focus, do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, com estimativas coletadas até o fim da semana passada.
Trata-se da primeira alteração na projeção para o ano que vem desde que o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação para o ano em 4,00%, em junho de 2017. Mais precisamente, foram 103 semanas com a mesma estimativa. Na próxima quinta, 27, o CMN reúne-se para decidir o objetivo do BC para a variação de preços em 2022.
Para 2019, o ponto-médio das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também recuou, de 3,84% para 3,82%.
Entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, a mediana para a inflação oficial recuou de 3,84% para 3,29%, em 2019 e manteve-se em 4,00% para 2020. Para os próximos 12 meses, a pesquisa indicou queda de 3,57% para 3,56%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o IPCA-15 -- espécie de prévia da inflação oficial -- de junho nesta terça-feira, 25. Em maio, o chamado "IPCA cheio" desacelerou para 0,13%, abaixo da mediana de 0,20% estimada por consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data e o menor índice para o mês desde 2006.
A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 4,25% em 2019, 4,00% em 2020 e 3,75% para 2021, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Além disso, a mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia em 2019 registrou sua 17ª queda consecutiva, agora de 0,93% para 0,87%. Para 2020, o ponto-médio das expectativas para a economia brasileira permaneceu em 2,20%.
A economia brasileira recuou 0,2% nos primeiros três meses do ano, em comparação ao quarto trimestre de 2018, feitos os ajustes sazonais, segundo o IBGE. O resultado ficou em consonância com a mediana apurada pelo Valor Data junto a 32 consultorias e instituições financeiras.
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