O pilar Capital Humano avalia o nível educacional da mão de obra, aspectos ligados à inserção no mercado de trabalho e os impactos sobre a produtividade da economia. Ele considera o número de matrículas nos ensinos técnico, profissionalizante e superior e a qualificação dos trabalhadores em emprego formal.
Campo Grande (1º) e Dourados (2º) lideram o ranking. O “top 10” conta ainda com Três Lagoas (4º) e Corumbá (8º). Os outros municípios que aparecem nas primeiras colocações são Cáceres (MT, em 3º), Goiânia (GO, 5º), Cuiabá (MT, 6º), Anápolis (GO, 7º), Catalão (GO, 9º) e Sinop (MT, 10º).
Para o governador Eduardo Riedel, a qualificação e a inserção no mercado de trabalho são instrumentos essenciais para erradicar a pobreza extrema. “Nosso grande desafio é incluir à vida produtiva, a cidadania plena, os que estão à margem da nossa sociedade organizada. Nosso esforço é para ir além dos limites da tradicional transferência de renda, buscando a redução efetiva e consistente da extrema pobreza”, disse.
Entre as iniciativas nesse sentido está o MS Qualifica, que capacitou 144 mil pessoas somente em 2023, com um investimento estadual de R$ 10 milhões. Somente o programa Voucher Transportador - que faz parte desse plano estadual de qualificação profissional - atende 1000 profissionais ligados ao transporte de cargas e ônibus. Já o Voucher Desenvolvedor capacita centenas de profissionais para atender a demanda do mercado como técnicos em desenvolvimento de sistemas e software.
O secretário-executivo de Gestão Estratégica e Municipalismo, Thaner Castro Nogueira, avalia que o desempenho dos municípios sul-mato-grossenses vai ao encontro do resultado alcançado pelo Estado.
“Isso ratifica o cenário estadual, em que Mato Grosso do Sul aparece em 3º do País nesse mesmo pilar. Esse desempenho é decorrente de uma série de fatores, como os programas de qualificação da Funtrab (Fundação do Trabalho de MS) e da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). Mato Grosso do Sul tem a 5ª maior produtividade do trabalho, está em 4º em população com nível superior e é o 5º melhor em inserção dos jovens no mercado de trabalho”, lembra.
Para ele, há uma relação entre empregos e combate à pobreza, prioridade da gestão estadual. “Naturalmente, a população empregada vai se afastar da faixa de vulnerabilidade social”, finaliza Thaner.
De acordo com o relatório do CLP, ampliar a qualificação da mão de obra é fundamental para aumentar a competitividade, a produtividade da economia, e o desenvolvimento econômico e social dos municípios.
“A importância deste pilar de capital humano se dá por sua complementaridade aos pilares de educação, uma vez que avalia a formação dos indivíduos mais diretamente voltada ao mercado de trabalho”, afirma o documento.
O CLP é uma organização suprapartidária que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes públicos para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil.