A necessidade de financiamento do governo atingiu R$ 519,9 bilhões em 2015, ou 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro naquele ano (obtido pelas Contas Nacionais Trimestrais). É o que mostra a publicação Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária de Governo 2015 (CIG), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e o Banco Central do Brasil.
O indicador teve alta de 3 pontos percentuais em relação a 2014, quando a necessidade de financiamento do governo de R$ 352,2 bilhões, o equivalente a 5,7% do PIB daquele ano.
Já a formação bruta de capital fixo (investimentos) do governo foi de R$ 101,9 bilhões, ou 1,7% do PIB. O resultado é inferior ao registrado no ano anterior, quando foi de R$ 138,1 bilhões ou 2,4% do PIB.
O IBGE destacou que as três esferas de governo apresentaram queda nominal da formação bruta de capital fixo. O maior impacto foi na esfera estadual, que registrou um decréscimo de 38% em relação a 2014.
Já o valor adicionado bruto do governo, que corresponde à diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário, manteve elevação contínua em valores nominais e sua composição por esfera de governo sofreu pequena variação em relação 2014.
Na esfera federal, o indicador se elevou de 31,2% para 31,4%. Na esfera municipal, porém, houve queda de 31,6% para 31,4% de participação no valor adicionado bruto do governo. Na esfera estadual, que teve a maior participação na conta, o indicador se manteve estável em relação ao ano anterior – 37,2%.
O IBGE apontou também que o resultado operacional líquido (diferença entre receitas e despesas do governo, excluídos os gastos com aquisição líquida de ativos não financeiros) foi deficitário em R$ 512,2 bilhões - equivalente a 8,5% do PIB. No ano anterior, o resultado foi de R$ 276,9 milhões, ou 4,9% do PIB.
Fonte: G1