Para Guedes, quem prevê queda no PIB em 2022 está usando variáveis "fictícias"




12/11/2021 - 07:34

Para Guedes, quem prevê queda no PIB em 2022 está usando variáveis "fictícias"

"Este é um país que vai voltar a crescer com a vacinação em massa. Está tudo voltando. Por que eu vou concluir que o país não vai crescer? Tem que usar uma variável dummy (fictícia)", diz Paulo Guedes em evento do Itaú Unibanco, que prevê queda de 0,5% do PIB em 2022

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou minimizar o aumento dos riscos fiscais que tem levado analistas do mercado a revisarem para baixo as perspectivas para a economia brasileira em 2022. Segundo Guedes, quem não enxerga a retomada em V do Produto Interno Bruto (PIB) como ele vê, está maquiando os números com variáveis “fictícias”.

“Há muitas críticas de não haver investimento e crescimento baixo. Eu olho para isso e lembro dos economistas que falam que o V era de virtual. Eu estava vendo os sinais de vitalidade ativados”, disse ele, na última quinta-feira (10/11), no evento Macrovision 2021, organizado pelo Itaú Unibanco, ao relembrar os dados pessimistas durante a pandemia em 2020.

Mas o próprio ministro inflou as projeções de investimento no país, principalmente, os quase R$ 50 bilhões previstos no leilão de concessão do 5G realizado na semana passada. “E, agora, quando falam que o PIB não vai crescer, temos R$ 540 bilhões de contratos de investimentos e, com mais R$ 150 bilhões do 5G, o país está com R$ 700 bilhões de investimentos contratados. Este é um país que vai voltar a crescer com a vacinação em massa. Está tudo voltando. Por que eu vou concluir que o país não vai crescer? Tem que usar uma variável dummy (fictícia)”, acrescentou, em tom de ironia no evento do banco que prevê queda do PIB em 2022.

Logo em seguida, ao ser questionado pelo economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, sobre a desaceleração mundial que deverá ser encabeçada pela China, maior parceiro comercial do Brasil, o ministro reconheceu que o ano de 2022 será desafiador. “Vejo complexidade e esse é um problema sério. O covid é um complicador adicional ao problema”, afirmou Guedes, admitindo piora no cenário externo. “A notícia é ruim no ambiente internacional e não vai melhorar. Vai ter inflação e desaceleração. E o V deles não é como o nosso, não pode ser engatado em uma recuperação cíclica”, disse.

De acordo com com o ministro, devido à inflação global, os bancos centrais precisarão elevar os juros no ano que vem. "Todo mundo vai ter que recuar, só que acho que Brasil tem dinâmica de investimentos, como se fosse a curva em S, investimento real disparando, então os juros vão subir, porque nós estamos freando, estamos desacelerando um pouco o crescimento", afirmou.

Pelas estimativas do ministro, o Brasil tem potencial de crescer de 3,5% a 4% ao ano “em velocidade de cruzeiro”, se destravar a agenda de reformas e de consolidação fiscal que ele prometeu e não está conseguindo deslanchar.

Acompanhando a piora das previsões do mercado, o Itaú Unibanco, que tinha uma das previsões mais otimistas para o país no início deste ano, revisou a previsão do PIB de 2022 de alta de 0,5% para queda de 0,5%, em grande parte, devido à deterioração do cenário fiscal. Na época, Guedes chegou a chamar o pessimismo das projeções do mercado de "conversinha", em um evento no Palácio do Planalto.

Fonte: Correio Braziliense

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