Após um período de alta moderada em agosto, o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país voltou a subir com mais intensidade e registrou variação de 0,27% em setembro. Em agosto, o índice havia sido de 0,16%. Os dados foram divulgados neste sexta-feira pelo IBGE.
No acumulado do ano até agosto, o IPCA-15 bateu em 3,97%, acima da taxa de 3,81% relativa a igual período de 2012. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 5,93% --próximo do teto da meta do governo, de 6,5% para este ano.
Com um dólar em patamar mais elevado --mesmo com as mais recentes quedas da cotação da moeda-- e outras pressões inflacionárias à vista, analistas já consideram que a inflação fechará o ano muito perto do limite superior da meta. Alguns não descartam um estouro do teto neste ano.
Em setembro, os grupos de despesas que exerceram as maiores pressões foram: habitação, com variação de 0,53% e 0,08 ponto percentual de impacto, além de saúde e cuidados pessoais, e transporte, respectivamente, com 0,56% e 0,30% de variação, exercendo 0,06 ponto percentual de impacto cada.
Foram os itens de transporte, porém, que tiveram o maior peso para elevar o índice geral, já que passaram de uma queda de 0,30% em agosto para uma alta 0,30% em setembro. A influência se deu pelo fim do impacto positivo da retirada dos ajustes de ônibus após a onda de protestos nas capitais.
O grupo subiu apesar da queda dos preços de dois importantes itens: etanol (-1,31%) e gasolina (-0,26%). Já outro impacto de alta veio das passagens aéreas, que chegaram a atingir 16,08% e se constituíram no impacto mais expressivo no índice do mês, com 0,07 ponto percentual.