O país cresceu 3% em 2013 e somou R$ 5,3 trilhões, enquanto em 2012, o PIB chegou a R$ 4,8 trilhões e ficou em 1,9%. Ambos os indicadores são dados revisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (17). Antes da revisão, havia ficado em 1,8% em 2012 (R$ 4,7 trilhões), e 2,7% em 2013 (R$ 5,1 trilhões).
“O que está sendo feito hoje: a divulgação da nova série de Contas Nacionais do Brasil de acordo com padrão 2008, tendo como base o ano 2010”, explicou Roberto Olinto, diretor de pesquisas do IBGE. Ele lembrou que essa revisão com a nova base foi marcada em dois períodos, e que a primeira ocorreu em março desse ano, quando foram divulgados dados de 2011. “Isso significa que voltamos à rotina normal das Contas Nacionais.”
Já o valor adicional bruto cresceu 1,6% em 2012 e 2,9% em 2013. Enquanto o PIB per capita dos anos ficaram R$ 24.121, em 2012, e R$ 26.445, em 2013.
Segundo o instituto, as despesas de consumo final, que abrangem os gastos das famílias e do governo para suprir necessidades individuais e coletivas, também cresceram: 3,2% e 3%, respectivamente.
Pela ótica da oferta, a agropecuária cresceu 8,4%, a indústria, 2,2% e os serviços, 2,8%. O crescimento da agropecuária concentrou-se na agricultura e é explicado principalmente pelo aumento nos volumes produzidos de soja, cana-de-açúcar e milho.
No caso da indústria, a de transformação cresceu 3% e extrativa recuou 3,0%, puxada pelas quedas nas atividades extração de petróleo e minério de ferro.
Nos serviços, os destaques ficaram com serviços de informação (4,0%) e atividades imobiliárias (4,8%).
Pela ótica da despesa, as despesas de consumo das famílias cresceram 3,5% em 2012 e 3,6% em 2013, devido ao aumento dos rendimentos do trabalho e de condições favoráveis de acesso ao crédito. As despesas de consumo do governo avançaram 2,3% em 2012 e 1,5% em 2013.
Quanto ao saldo externo de bens e serviços (diferença de saldo entre importações e exportações), as importações cresceram mais do que as exportações tanto em 2012 (0,7% contra 0,3%) quanto em 2013 (7,2% contra 2,4%).
A formação bruta de capital fixo, que são os investimentos em ativos fixos, somou R$ 995,6 bilhões em 2012 e R$ 1,1 trilhão em 2013. Com isso, as taxas de investimento ficaram em 20,7% e 20,9%, respectivamente.
Fonte: G1