O crescimento do PIB de 1% em 2017 deixou o Brasil em último lugar dentro de um ranking de 45 países, segundo levantamento feito pela agência de classificação de risco brasileira Austin Rating divulgado nesta quinta-feira (1).
O estudo da Austin Rating leva em conta o PIB de 2017. Romênia, China e Filipinas ocupam os três primeiros lugares.
Os 45 países que estão no ranking representam 84,9% do PIB mundial (US$ 78,74 trilhões) e são os que publicaram seus resultados até o momento.
Desafios
Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, o crescimento de 1% no ano passado ainda é insuficiente para alterar o quadro econômico instalado no país após a crise doméstica vivida entre 2014 a 2016, período em que o Brasil retroagiu, segundo ele, 7,2% em termos acumulados e gerou elevado déficit fiscal (primário e nominal), aumento desenfreado do desemprego, estagnação da renda real, paralisia nos investimentos e perda ainda maior de competitividade no setor fabril.
Segundo ele, a última posição no ranking mostra as mazelas do Brasil sobre o ambiente político conturbado que desvirtuou o ambiente macroeconômico doméstico.
Agostini prevê crescimento econômico mais robusto para 2018 e 2019, da ordem de 2,8% e 3,1%, respectivamente, que foi pavimentado com o crescimento de 2017. “O grande desafio será a retomada mais vigorosa dos investimentos que, basicamente, depende da recuperação consistente da confiança de investidores e empresários, bem como do consumo das famílias e do setor externo que, obrigatoriamente, passa pelo ambiente fiscal equilibrado e monetário austero”, diz.
Segundo a Austin Rating, se as projeções para o ano de 2018 se materializarem, o Brasil deverá ficar ao redor da 20ª posição no ranking, reforçando o processo de recuperação econômica neste ano que ocorrerá, em grande parte, via mercado de crédito, com a redução dos juros básicos, melhora dos níveis de inadimplência e recuperação do mercado de trabalho (renda e emprego), ainda que de forma moderada.
“Para 2018, o cenário econômico e político doméstico, além do cenário internacional em transição (fim do excesso de liquidez), serão muito desafiadores. Além disso, o governo terá de manter o foco no equilíbrio fiscal em um ano eleitoral”, informou a agência.
Fonte: G1