Poupança tem retirada líquida de R$ 12,66 bilhões em julho

Volume de saques é o maior registrado para o mês


08/08/2022 - 09:08

A aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros continua a enfrentar a fuga de recursos. Em julho, os brasileiros sacaram R$ 12,66 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, informou hoje (4) o Banco Central (BC). Essa foi a maior retirada líquida (saques menos depósitos) registrada para meses de julho desde o início da série histórica, em 1995.

Com o desempenho de julho, a poupança acumula retirada líquida de R$ 63,15 bilhões nos sete primeiros meses do ano. Essa é a maior retirada acumulada para o período desde o início da série histórica, em 1995.

Em 2022, a caderneta registrou captação líquida (mais depósitos que saques) apenas em abril, quando o fluxo ficou positivo em R$ 3,51 bilhões. Nos demais meses, as retiradas superaram os depósitos, num cenário de alta da inflação e do endividamento, combinado com rendimentos mais baixos por causa dos aumentos da taxa Selic (juros básicos da economia), que tornam outras aplicações de renda fixa mais atraentes.

Em 2020, a poupança registrou captação líquida (depósitos menos saques) recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuiu para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

No ano passado, a poupança registrou retirada líquida de R$ 35,5 bilhões. A aplicação foi pressionada pelo fim do auxílio emergencial, pelos rendimentos baixos e pelo endividamento maior dos brasileiros. A retirada líquida – diferença entre saques e depósitos – só não foi maior que a registrada em 2015 (R$ 53,57 bilhões) e em 2016 (R$ 40,7 bilhões). Naqueles anos, a forte crise econômica levou os brasileiros a sacarem recursos da aplicação.

Rendimento

Até recentemente, a poupança rendia 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia). Desde dezembro do ano passado, a aplicação passou a render o equivalente à taxa referencial (TR) mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano. Atualmente, os juros básicos estão em 13,75% ao ano. O aumento dos juros, no entanto, foi insuficiente para fazer a poupança render mais que a inflação, provocando a fuga de alguns investidores.

Nos 12 meses terminados em julho, a aplicação rendeu 6,2%, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor-15 (IPCA-15), que funciona como prévia da inflação oficial, atingiu 11,39%. O IPCA cheio de julho será divulgado no próximo dia 9 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Fonte: Agência Brasil

Observatório Econômico
12/07/2023 - 09:24
Especialistas defendem novas formas de custeio de sindicatos

Assunto foi debatido em evento sobre os 80 anos da CLT, no Rio

07/02/2023 - 14:40
Técnicos do Sindifiscal/MS apontam que MS deve estreitar relações com a Índia

Análise das exportações de MS aponta que as vendas para Índia em 2022 aumentaram 325% em comparação ao ano passado




Veja mais

Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo - Convocação

Reunião está marcada para sábado (23) as 09h00 presencialmente na cidade de Mundo Novo

Frente fria derruba temperaturas em Mato Grosso do Sul, mas calor retorna durante o dia

Em Campo Grande, o céu está parcialmente nublado, e a temperatura máxima não deve ultrapassar os 29°C hoje

Camex zera imposto de importação de remédios contra câncer

Outros 12 produtos, como insumos para pás eólicas, têm alíquota zerada




Sindicato dos Fiscais Tributários do Estado de Mato Grosso do Sul - SINDIFISCAL/MS

---