Os preços do petróleo operam em forte queda nesta quinta-feira (20), atingindo um mínimo de mais de um ano devido às preocupações com o excesso de oferta e a perspectiva mais fraca da procura de energia. Os mercados caíram em todo o mundo depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) ter elevado a taxa de juros pela quarta vez neste ano e ter mantido a maior parte das suas projeções para mais aumentos nos próximos dois anos. O petróleo dos Estados Unidos chegou a cair 2,35 dólares por barril, ou cerca de 4,9%, para US$ 45,82, antes de se recuperar ligeiramente. O Brent também chegou a cair 2,60 dólares, ou 4,5%, para uma mínima de US$ 54,64 o barril, atingindo seu menor valor desde setembro de 2017. Ambos os principais contratos futuros do petróleo se recuperaram fortemente na quarta-feira, mas agora se aproximam de seus níveis mais baixos em mais de 15 meses, mais de 30% abaixo das máximas de vários anos alcançadas no início de outubro. "A recuperação de quarta-feira foi curta", disse Xi Jiarui, analista-chefe de petróleo da consultoria JLC. "Os investidores rapidamente voltaram sua atenção para a deterioração dos fundamentos nos mercados de petróleo, incluindo mais sinais de desaceleração do crescimento econômico no ano que vem, produção recorde e falta de confiança com a promessa da Opep de reduzir a produção." A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros produtores de petróleo, incluindo a Rússia, concordaram neste mês em reduzir a produção em 1,2 milhão de barris por dia (bpd) na tentativa de reduzir os estoques e aumentar os preços. Mas os cortes não acontecerão até o mês que vem, e a produção encontra-se em patamares recordes nos Estados Unidos, na Rússia e na Arábia Saudita. G1.