Segundo Guedes, o governo deve enviar nas próximas semanas as propostas do governo para a reforma tributária. "Queremos trocar o imposto cruel pelo feioso", disse Guedes, em a criação de um imposto sobre pagamentos para compensar a desoneração da folha de pagamentos.
Em entrevista ao UOL, Guilherme Afif, assessor especial do ministro, disse que até o dia 15 agosto as demais partes do projeto chegariam ao Legislativo. Inicialmente, o governo esperava fatiar o projeto em quatro fases.
Auxiliares de Guedes têm reclamado da falta de apoio político para o debate e o envio ao Congresso de propostas da equipe econômica, como a reforma administrativa e as privatizações. Isso contribuiu para saída de Salim Mattar e Paulo Uebel do governo.
A primeira parte da reforma tributária, entregue em 21 de julho, unifica o PIS e a Cofins e cria a CBS (Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços), com alíquota de 12%. A unificação das contribuições não reduz impostos, mas simplifica o pagamento. Especialistas e representantes de diversos setores da economia afirmam que a proposta chega a aumentar os impostos. A segunda parte, segundo anunciou o secretário especial da Receita Feral, José Tostes, deve prever a simplificação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). A terceira prevê uma mudança no IRPJ (Imposto de Renda para Pessoa Jurídica) e a criação da tributação de dividendos. A quarta parte da reforma deve reduzir ou acabar com a contribuição patronal de 20% sobre a folha de salários e criar a "nova CPMF".
Fonte: UOL