Receita apurou volume recorde com recuperação de impostos




27/01/2014 - 00:00

A Receita Federal informou na última sexta-feira que a fiscalização gerou um resultado recorde de R$ 190,1 bilhões em autuações no ano passado. O valor é 63,5% maior que o total das operações realizadas em 2012, quando somou R$ 116,3 bilhões.
Por outro lado, o fisco revelou que esse número recorde foi resultado de lançamentos atípicos com valores superiores ao previsto pela Receita e porque houve um represamento de pagamentos em 2012. Naquele ano, não foram encerrados todos os processos da operação Crédito Zero, o que significou que autuações entraram no resultado de 2013.
O advogado Gustavo Carvalho, do Siqueira Castro Advogados, comenta ainda que esse valor de autuações não necessariamente irá para os cofres públicos. "A empresa pode ter cometido um equívoco, o que pode ser defendido por advogado e a autuação não precisar ser paga", afirma.
De fato, desses R$ 190,1 bilhões, entraram efetivamente no caixa R$ 30,7 bilhões no ano passado, dos quais R$ 21,7 bilhões foram arrecadados pelo parcelamento especial.
Para obter o resultado de 2013, foram realizados 20.414 procedimentos de auditoria externa e 308.622 procedimentos de revisão interna de declarações de Pessoas Físicas, Jurídicas e ITR, que totalizaram 329.036 procedimentos de fiscalização.
Do total de autuações feitas no ano passado, R$ 152,4 bilhões aconteceram nas grandes empresas, cujo faturamento é acima de R$ 120 milhões anuais. O valor representa um crescimento de 74%, de R$ 87,4 bilhões observados em 2012.
"O ano de 2013 foi extraordinário. Em 2010, mudamos toda a estratégia de como selecionar quem é fiscalizado, com a formação de equipes para grandes contribuintes e criação de delegacias especiais de maiores contribuintes em São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, também houve capacitação de auditores e investimento em aparato de auditoria e em bancos de dados", afirmou o coordenador-geral de Fiscalização da Receita, Iágaro Jung Martins, na última sexta-feira.
Para o advogado do Siqueira Castro, essas fiscalizações são importantes porque evitam a sonegação, prática ilegal que "prejudica a competitividade".
O setor financeiro foi onde ocorreu o maior aumento das autuações, com R$ 42,1 bilhões, o que representou alta de 167,5%. Do Itaú Unibanco, por exemplo, foram R$ 18,7 bilhões.
Para o subsecretário, a explicação é a melhora da qualidade das atividades do órgão. "Começamos a ter um nível de certeza muito maior em nossas auditórias", ressaltou. Carvalho comenta que essa qualidade é também resultado da tecnologia que integrou os fiscos estaduais ao federal, com dados mais precisos.
Para 2014, a previsão é que o resultado seja de R$ 140 bilhões. A Receita já tem 17.176 contribuintes identificados com indícios de irregularidade. "Sabemos quem são e quais infrações eles cometeram", afirmou Martins.
Para evitar autuações, Carvalho aconselha as empresas a ficarem atentas aos prazos para preenchimento de declarações, um dos erros mais frequentes. 

 

Observatório Econômico
12/07/2023 - 09:24
Especialistas defendem novas formas de custeio de sindicatos

Assunto foi debatido em evento sobre os 80 anos da CLT, no Rio

07/02/2023 - 14:40
Técnicos do Sindifiscal/MS apontam que MS deve estreitar relações com a Índia

Análise das exportações de MS aponta que as vendas para Índia em 2022 aumentaram 325% em comparação ao ano passado




Veja mais

Fazenda esclarece que não pretende cobrar IBS e CBS de fundos

Ministério pode ajustar texto de lei para evitar interpretações

Entenda as principais mudanças da reforma tributária

Cashback, Imposto Seletivo, cesta isenta entram gradualmente em vigor

Reforma tributária isenta cesta básica de impostos

Já as bebidas açucaradas pagarão mais imposto




Sindicato dos Fiscais Tributários do Estado de Mato Grosso do Sul - SINDIFISCAL/MS

---