Entregue pelo Governo Federal, o projeto da reforma da Previdência é necessária, mas sairá, após aprovação no Congresso, diferente do entrou. Esta é a avaliação da senadora Simone Tebet (MDB/MS), que preside a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado – principal comissão. “Entra de um jeito e sai de outro, como todo projeto polêmico”. Segundo a parlamentar, um dos pontos que discorda é sobre a diferença no tempo de contribuição entre homens e mulheres, que, na proposta, desce para três anos, o que hoje é de cinco anos. “Não é isso que impacta. Se você pegar os cálculos, não é isso que causa rombo de R$ 300 bilhões. O rombo está nos privilégios, nos militares, no serviço publico, na aposentadoria das autoridades publicas”. De acordo com a senadora, apesar de a mulher viver mais tempo, ela também tem mais dificuldade de conseguir emprego e também de permanecer. "É a primeira a ser manda embora. Então não consegue contribuir 40 anos, vai conseguir quando chegar aos 75 anos. Precisa ser revista [esta parte da proposta]". Contudo, a reforma sai neste ano e terá de ser “profunda”, avalia. Para a presidente da CCJ, não há saída, porém a reformulação no setor não poderá atingir o “andar de baixo, as pessoas que já são injustiçadas”. Campo Grande News