As reformas tributárias, administrativa e econômica e medidas de estímulo ao setor produtivo em Minas foram temas de um debate promovido nesta quinta (5) pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Belo Horizonte. O evento contou com a presença de representantes de setores produtivos, além do senador mineiro Alexandre Silveira (PSD).
O político afirmou que é necessário que o país realize as reformas. "Sabemos o quanto representam o comércio e o serviços para Minas e para o Brasil. É necessário debater as reformas tributárias e administrativas, que precisam avançar neste país, para desburocratizar o país, de forma a gerar mais renda, emprego e reduzir as desigualdades sociais", afirmou Silveira.
Segundo o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, o comércio e os prestadores de serviços sofreram com a pandemia e que medidas de estímulos ao setor devem ser aplicadas. Ele defender ainda a redução da carga tributária brasileira.
"Em um passado recente, a carga tributária girava em torno de 22%; hoje, bate na casa dos 37%. Então, é preciso uma revisão disso. A carga tributária deve ser justa, chegar aos setores de maneira justa, de maneira que não pese para ninguém, ou seja, que não alivie para a indústria, mas penalize comércio e serviços, para qu as empresas possam continuar de portas abertas, gerando empregos e renda", analisou. "Outra questão forte que é necessária é a simplificação. As empresas precisam ter estruturas para arrecadar para os governos municipais, estaduais e federais. É preciso simplificar", complementou.
Serra do Curral
Além de falar sobre as negociações do PSD para as eleições, o senador Alexandre Silveira também foi questionado sobre a polêmica em torno da mineração da Serra do Curral, entre BH e Nova Lima. O político não quis afirmar se é contra ou favor.
"Não posso fazer juízo de valor porque não conheço, com detalhes, o projeto, para fazer um debate com mais profundidade. Então, prefiro não fazer juízo de valor. Mas tenho visto como ótimo esse debate feito com a sociedade civil, os governos, o setor industrial. Todos reconhecemos o patrimônio que é a Serra do Curral, mas não podemos perder a ótica da importância do desenvolvimento e o que a mineração representa para Minas. Defendemos o debate cristalino e transparente sobre os projetos", pontuou.
Foto: Glaucia Rodrigues/CDLBH
Fonte: O Tempo