“Sem reforma tributária, acesso à OCDE vai por água abaixo”, diz diretora do ICC no Brasil

Gabriela Dorlhiac vê urgência de levar adiante a reforma, destacando que há como o setor privado colaborar bastante


31/01/2022 - 08:41

Gabriela Dorlhiac vê urgência de levar adiante a reforma, destacando que há como o setor privado colaborar bastante

A abertura para adesão de novos países à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), incluindo o Brasil, põe mais uma vez a urgência de levar adiante a reforma tributária, na avaliação da diretora executiva da International Chamber of Commerce (ICC) no Brasil, Gabriela Dorlhiac. “Se não fizer isso, o processo de acesso à OCDE vai por água abaixo”, afirmou em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Desde que o Brasil oficializou a solicitação de entrada na OCDE, em 2017, fala-se que o País conseguirá passar pelo processo de ingresso de forma mais célere do que os demais.

Temos muito trabalho a ser feito, apesar de já termos boa parte dos instrumentos equacionados. Não podemos esquecer que temos eleição neste ano. Isso pode atrapalhar ou adiar um pouco o processo. Um governo novo pode ter prioridades diferentes. Mas acho que o setor privado pode ter papel importante ao ajudar o governo e pressionar, no bom sentido, para manter a pauta como prioridade neste e no próximo governo. O ICC tem mais de 200 associados, e o que a gente vê é que esta é uma pauta prioritária para as empresas, porque melhora o ambiente de negócios no Brasil, pode reduzir parte substancial do custo Brasil e diminuir a burocracia.

Há o risco de voltarmos atrás no processo?

Acho que este é um caminho praticamente sem volta, por todo o esforço que já foi feito dentro do Itamaraty. É disso que o Brasil precisa: não apenas expandir o PIB, mas se tornar um grande player internacional, ser destino de investimento maior, e tudo isso passa por se adequar a regulações internacionais. Foi um processo longo e seria uma perda enorme se, com mudança de governo, a gente andasse para trás.

O próprio governo admite que a área fiscal é a que apresenta a maior barreira de entrada na OCDE. Temos uma reforma que não foi para frente até agora. Até que ponto esse poderia ser realmente um entrave?

O nosso sistema tributário é totalmente fora da curva do ponto de vista do que se pratica internacionalmente. Há muitas jabuticabas que precisarão ser ajustadas. Esse é mais um incentivo para que o Brasil leve adiante a reforma tributária. Ou seja, se não fizer isso, o processo de acesso à OCDE vai por água abaixo. E, de novo: há como o setor privado colaborar bastante.

Como viu o comprometimento do Brasil com a OCDE em relação à redução do IOF até 2029?

É um bom sinal. Todas as adequações que o Brasil puder mostrar que está disposto a fazer, mesmo que parcelado em alguns anos, são importantes. E sinaliza para o setor privado, de novo, que pode melhorar o ambiente de negócios: para investidores, para empresas, para pessoas físicas. Isso tudo libera capital para outros investimentos.

Fonte: InfoMoney

Observatório Econômico
12/07/2023 - 09:24
Especialistas defendem novas formas de custeio de sindicatos

Assunto foi debatido em evento sobre os 80 anos da CLT, no Rio

07/02/2023 - 14:40
Técnicos do Sindifiscal/MS apontam que MS deve estreitar relações com a Índia

Análise das exportações de MS aponta que as vendas para Índia em 2022 aumentaram 325% em comparação ao ano passado




Veja mais

Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo - Convocação

Reunião está marcada para sábado (23) as 09h00 presencialmente na cidade de Mundo Novo

Frente fria derruba temperaturas em Mato Grosso do Sul, mas calor retorna durante o dia

Em Campo Grande, o céu está parcialmente nublado, e a temperatura máxima não deve ultrapassar os 29°C hoje

Camex zera imposto de importação de remédios contra câncer

Outros 12 produtos, como insumos para pás eólicas, têm alíquota zerada




Sindicato dos Fiscais Tributários do Estado de Mato Grosso do Sul - SINDIFISCAL/MS

---