Os senadores decidiram não votar nesta sexta-feira (17) a medida provisória que cria a chamada carteira de trabalho verde e amarelo (MP 905/2019). A MP vence na próxima segunda-feira (20) e, se não for aprovada no dia, perderá a validade, extinguindo o programa criado pelo governo federal para estimular a contratação de trabalhadores entre 15 e 29 anos. Líderes governistas no Senado buscam acordo com a Câmara na tentativa de salvar a MP, mas a maioria (MDB, Rede, PDT, PSD, PSDB, Podemos, Pros e Cidadania) defende deixar o texto caducar. Os parlamentares argumentam que o tempo ficou escasso para apreciar uma medida provisória complexa como essa, considerada por muitos uma minirreforma trabalhista. A Câmara, que aprovou a medida na quarta-feira (15), fez várias alterações. Diante da manifestação de diversos líderes, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) decidiu retirar a MP de pauta da sessão de hoje. No final de semana, os senadores irão avaliar a possibilidade de pautar a medida provisória na sessão da próxima segunda (20), prazo final para votação da matéria, mas não há garantia de que isso erá ocorrer devido à resistência de vários senadores. “É nítido aqui que nós não temos apoio”, ponderou Alcolumbre.