Sergio Moro promete 3 reformas para 2023: tributária, administrativa e ética

Sergio Moro, pré-candidato do Podemos à presidência, prometeu realizar três reformas em seu primeiro ano de mandato, caso vença a eleição em outubro: a reforma tributária, a administrativa e a que chamou de “reforma ética”


25/02/2022 - 10:22

Sergio Moro, pré-candidato do Podemos à presidência, prometeu realizar três reformas em seu primeiro ano de mandato, caso vença a eleição em outubro: a reforma tributária, a administrativa e a que chamou de “reforma ética”.

“Meu projeto é diferente de Lula e de Bolsonaro; meu projeto é reformista. Não quero abandonar reformas, nem anular reformas. Temos nosso DNA reformista,” afirmou, durante sua participação no CEO Conference, evento promovido pelo BTG Pactual (BPAC11) hoje (22) e amanhã (23).

A uma plateia de empresários e investidores, Moro lembrou que o mercado projeta um crescimento de apenas 0,5% para o PIB neste ano, e há quem já enxergue, inclusive, uma possível recessão. O presidenciável responsabilizou o mau desempenho da economia à falta de reformas estruturantes.

“O último grande governo reformista, para sermos justos, foi o de Fernando Henrique Cardoso, com um breve interlúdio do governo Temer. Lula não foi reformista, Dilma não foi reformista, Bolsonaro não foi reformista”, disse Moro.

 

A reforma tributária de Moro

O ex-juiz defendeu a unificação de tributos sobre o consumo, mas evitou detalhar suas propostas, alegando que elas ainda estão em discussão por uma equipe de economistas integrada, entre outros, pelo ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore.

Atualmente, duas PECs que tramitam no Congresso tratam da unificação de impostos. Segundo Moro, cada uma tem bons e maus pontos, mas o presidenciável do Podemos se mostra mais simpático à PEC Nº 45, idealizada, entre outros, por Bernard Appy, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 2003 e 2008.

Após ponderar que o prazo de transição proposto pela PEC para adotar o imposto único seria muito grande (dez anos), e que prefere um período mais curto, Moro afirmou que seu mérito é propor um imposto realmente único para os tributos que atualmente incidem sobre o consumo, ao contrário da PEC 128, que estabelece dois impostos únicos: um federal, agrupando PIS, Cofins e IOF, e um estadual, abrangendo ICMS e ISS. “O que não queremos é uma reforma tributária que eleve carga tributária. Queremos uma reforma para simplificar”, disse.

Reforma administrativa

A segunda reforma que o ex-juiz pretende lançar já no início de um eventual mandato é a administrativa. Moro, contudo, sublinhou que sua visão não é, necessariamente, a mesma do mercado financeiro, que, segundo ele, prefere abordar o tema “pelo lado do corte de custos”.

Para o ex-ministro de Bolsonaro, a tônica deve ser melhorar a qualidade do serviço público prestado aos cidadãos. “Se você perguntar a um pai se família se ele prefere uma escola pública barata, ou uma escola pública de boa qualidade, ele dirá que prefere a segunda”, explicou. “Isso, inclusive, é mais fácil de passar no Congresso”.

Para ele, a reforma administrativa deve estimular os servidores a prestar bons serviços aos brasileiros, com metas, capacitação, incentivos e meritocracia. “O foco de uma reforma administrativa nunca é demitir servidor”, disse.

 

O pré-candidato reconheceu que uma verdadeira reforma não pode se restringir aos servidores do poder Executivo. Enfrentar privilégios e distorções nos outros poderes, contudo, é um vespeiro que poucos tentaram cutucar, mas Moro indicou que está disposto a tentar. “Temos que aplicar para todos os servidores. O desejo é sempre termos regras uniformes para todos”, afirmou.

Reforma ética

A terceira reforma proposta por Moro, no evento promovido pelo BTG Pactual (BPAC11) hoje, é o que chamou de “reforma ética”. Segundo ele, “boa parte de nossa incapacidade de crescer é que vivemos num sistema de privilégios.”

A reforma passaria, entre outros pontos, pelo fim da reeleição para presidente da República, válido já para quem estiver na cadeira em 2023 – e sem ampliação do mandato. “Muitas vezes, o Congresso resiste a aprovar algumas reformas, porque tem medo de potencializar a reeleição do presidente”, observou.

Outra medida prevista na reforma ética é o fim do foro privilegiado, inclusive para o presidente da República. “Sei que existem problemas e excessos, mas esses problemas não justificam os privilégios. O foro tem servido como blindagem para quem faz coisas erradas. É moralmente reprovável”, disse.

Fonte: MoneyTimes

Observatório Econômico
12/07/2023 - 09:24
Especialistas defendem novas formas de custeio de sindicatos

Assunto foi debatido em evento sobre os 80 anos da CLT, no Rio

07/02/2023 - 14:40
Técnicos do Sindifiscal/MS apontam que MS deve estreitar relações com a Índia

Análise das exportações de MS aponta que as vendas para Índia em 2022 aumentaram 325% em comparação ao ano passado




Veja mais

Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo - Convocação

Reunião está marcada para sábado (23) as 09h00 presencialmente na cidade de Mundo Novo

Frente fria derruba temperaturas em Mato Grosso do Sul, mas calor retorna durante o dia

Em Campo Grande, o céu está parcialmente nublado, e a temperatura máxima não deve ultrapassar os 29°C hoje

Camex zera imposto de importação de remédios contra câncer

Outros 12 produtos, como insumos para pás eólicas, têm alíquota zerada




Sindicato dos Fiscais Tributários do Estado de Mato Grosso do Sul - SINDIFISCAL/MS

---