Servidores aposentados são vítimas de quadrilha de estelionatários




21/05/2014 - 00:00

Estelionatários estão tomando dinheiro de pessoas idosas prometendo ajuda para receber atrasados do fundo de garantia e de outros benefícios. O Ministério Público já pediu a prisão de quatro suspeitos de participação na quadrilha, que age há mais de dez anos.

"Quero o meu dinheiro de volta, que eu tirei da poupança, dinheiro que era dos meus filhos, dos meus netos, e quero com juros e correção", diz uma vítima do golpe.

O apelo é de um aposentado de 66 anos, enganado por uma quadrilha de estelionatários. Ele sente vergonha de ter caído na conversa dos golpistas.

Os criminosos abordam servidores aposentados perto de instituições federais, como os Correios, no centro, e o Hospital Naval Marcílio Dias, no subúrbio do Rio de Janeiro e dizem que os idosos têm direito a receber atrasados do fundo de garantia ou de algum outro benefício.

Segundo o Ministério Público, Albino Vicente de Avelar e Marcelo da Silva Teles fazem parte da quadrilha. Depois que um deles aborda o aposentado, o comparsa aparece e diz que já ganhou uma causa parecida na Justiça. É assim que a dupla convence a vítima a ir até um escritório de advocacia, onde está Maélida Rodrigues Martins.

De acordo com o Ministério Público, ela é a chefe da quadrilha, que se apresenta como advogada, mas não tem registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Maélida diz que vai entrar com uma ação na Justiça, e pede dinheiro para pagar as despesas do suposto processo. Os investigadores dizem que o advogado Alexandre de Castro e Silva Veloso ajuda a enganar os idosos.

Um aposentado depositou R$ 7 mil numa conta da quadrilha. Só percebeu o golpe depois do alerta da filha.

“De imediato eu percebi que a pasta não apresentava nenhum CNPJ, nenhum tipo de registro, nenhum número de ordem, nem CPF”, diz a filha.

"Eles só pegam aposentados. O pessoal já no fim da vida quer deixar alguma coisa para os filhos e entra no golpe", fala a vítima.

Há vários inquéritos na polícia contra a quadrilha. Num depoimento, Albino e Marcelo admitiram que agem a mando de Máelida. Marcelo contou que eles recebiam pelo serviço de R$ 150 a R$ 300 e que chegavam a abordar até dez pessoas por dia.

O aposentado Reginaldo Gabriel do Nascimento perdeu R$ 9 mil e ainda indicou os "serviços" da quadrilha para outras pessoas. “Ela tem, porque ela enrolou muita gente. Os que eu levei também caíram na conversa dela, inclusive o meu cunhado”, conta o aposentado.

O Ministério Público calcula que a quadrilha pode ter aplicado o golpe em 600 pessoas. O MP pediu a prisão preventiva dos quatro investigados, pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha. Se forem condenados, podem pegar até cinco anos de prisão.

A equipe do Jornal Hoje foi ao escritório Maélida, no centro do Rio. “Eu nego todas as acusações. O problema é que os clientes dão entrada nas ações e no outro dia eles acham que vão receber. A justiça é demorada. Todo mundo sabe disso”, diz Maélida.

Maélida já tinha sido denunciada pelo crime, mas segundo o promotor responsável pelo caso, teve direito à suspensão do processo.

“Ela age desde 2003 e está livre até hoje. É muito difícil nesse país colocar alguém na cadeia. Se alguém disser que você tem um dinheiro para receber do governo, procure um advogado que seja do seu conhecimento, vá se informar com os seus familiares, não vá dando dinheiro pra ninguém", orienta o promotor Alexandre Graça.

"Dá aborrecimento que a gente tem que ir na delegacia, a gente vai para um lugar, vai para outro e a gente fica sem chão", fala Reginaldo.

Nossos produtores conversaram por telefone com o advogado Alexandre de Castro e Silva e Albino Vicente de Avelar e eles negaram as acusações. Já com Marcelo da Silva Teles não conseguimos contato.

Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil, se ficar comprovada a participação de Alexandre de Castro e Silva no golpe o registro dele vai ser cassado.

Fonte: G1

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