Os trabalhadores em saúde podem se unir a outras categorias de servidores que se mobilizam por reajustes salariais e se manifestaram na semana passada
Em novo protesto por reajuste salarial, servidores públicos federais fazem paralisação nesta quinta-feira (27). As categorias também realizarão uma plenária nacional virtual, às 10h, com os integrantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) e do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate).
A reunião será para traçar os movimentos das entidades pelos próximos dois meses. É esperado que haja uma greve geral em 9 de março, caso as negociações com o Governo Federal não avancem.
Os sindicatos reivindicam um reajuste salarial relativo à correção da inflação acumulada desde janeiro de 2017, período em que estão congelados os seus pagamentos. Os protestos começaram depois do presidente Jair Bolsonaro anunciar R$ 1,7 bilhão para o aumento das carreiras da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Penitenciário Nacional e do Ministério da Justiça.
Sem amparo da Economia
Na última quarta (26), os líderes sindicais editaram três ofícios para solicitar uma reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, para o dia 2 de fevereiro.
Antes, as entidades procuraram o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentar um acordo. No entanto, não houve retorno.
“Até o momento não recebemos nenhuma resposta, e estranhamos o fato de não ter sido aberta uma mesa de negociação entre o governo e os sindicatos representantes dos servidores e servidoras do serviço púbico federal. Para registrar nossa disposição de iniciarmos um processo de negociação com o governo, estamos solicitando uma audiência com a Casa Civil”, diz o documento assinado pelos representantes da Fonasefe, Carlos David de Carvalho Lobão e da Fonacate, Rudinei Marques.
Fora a correção da folha pagamento, os federativos pedem o arquivamento da PEC 32, da reforma administrativa, que altera as regras do funcionalismo público e a revogação da Emenda Constitucional 95, que impõe limite aos gastos com saúde, educação, construção de rodovias, além da manutenção da máquina pública.
Após sanção do Orçamento, servidores ajustam calendário de paralisações
Fonte: Congresso em Foco