A Diretoria Executiva do Sindate se reuniu na tarde desta sexta-feira (31.07) com o secretário de Estado de Administração e Desburocratização Carlos Alberto de Assis, com o consultor da Governadoria Felipe Matos e com o Procurador Geral do Estado Adjunto Fernando Zanella para discutir assuntos de interesse da categoria.
Durante a reunião os Diretores do sindicato deram continuidade às discussões referentes à negociação das perdas salariais do período 2014/2015. Na oportunidade o secretário mais uma vez discorreu sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Tesouro do Estado e novamente enfatizou a proposta inicial de 6%, sendo necessária a aprovação pela Assembleia Legislativa, que está em período de recesso parlamentar.
“A Diretoria Executiva ratificou as contrapropostas já apresentadas, mantendo o entendimento de que aceitaríamos o percentual proposto pelo governo desde que houvesse uma compensação de mudança de referências para aferição da Produtividade Fiscal e indenizações”, explicou o diretor-presidente do Sindate Marco Aurélio Cavalheiro Garcia.
Diante das exposições e argumentações feitas pela diretoria do sindicato, o secretário Carlos Alberto de Assis disse entender que as reivindicações são justas e ao mesmo tempo encaminhou junto ao consultor Felipe Matos para que este, na condição de representante do governador, estudasse a possibilidade de adequar as demandas apresentadas pelo Sindate, sem deixar de levar em consideração as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Estado.
"Ratificamos aos interlocutores da administração que a categoria dos Fiscais Tributários e Agentes Fazendários acompanhou todos os passos da negociação salarial, logo ao término de cada reunião ocorrida com o comitê de secretários e, diante disso, todos estavam ansiosos e impacientes quanto a demora da conclusão dessa negociação", explicou Marco Aurélio.
Por sua vez, Felipe Matos ponderou que os 6% propostos seriam retroativos ao dia 1º de maio deste ano e que os valores a serem pagos teriam de ser negociados via parcelamento e que não haveria a menor possibilidade de se firmar compromisso para adequação futura do percentual com relação ao índice inflacionário.
Essa possibilidade dependeria ainda de autorização final do governador, além de obrigar o sindicato a discutir, em outra data, as diferenças desses três meses. Diante disso, surgiu na mesa de negociação a indicação de que caso não houver a retroatividade, haveria a possibilidade de concessão do índice de 7,9% a partir do dia 1° de agosto.
Feitos os cálculos e diante do compromisso de o sindicato e o governo darem encaminhamento à proposta de adequação nos índices da produtividade fiscal e das indenizações, deu-se por acordado o percentual de reajuste de 7,9% a parir de 1º de agosto de 2015. No início do mês de agosto será encaminhado à Assembleia Legislativa o projeto de reposição salarial do Grupo TAF, após o fim do recesso parlamentar.
No encontro o governo assumiu o compromisso de encaminhar junto ao Comitê Gestor de Governança, a partir das próximas semanas, as discussões sobre a proposta de mudança da referêcia nos próximos 3 anos, garantindo à categoria ganhos reais nos próximos anos, independentemente das futuras negociações salariais.
"Alguns de nossos sindicalizados podem questionar a retroatividade, contudo, se isso ocorresse, teríamos que aceitar somente os 6%. Acreditamos que existem possibilidades de conseguirmos alguns avanços para o futuro, face a proposta por nós apresentada e que foi assumido o compromisso de nos ajudar a defender o pleito apresentado", disse Marco Aurélio.