A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 4,990 bilhões em março, informou a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. O valor representa um recuo de 1% na comparação com março do ano passado.
O valor do mês é resultado de US$ 18,120 bilhões em exportações (queda de 1% contra março do ano passado, considerando a média diária) e US$ 13,130 bilhões em importações (avanço de 5,1%).
No acumulado de janeiro a março, o superávit da balança comercial brasileira foi de US$ 10,889 bilhões. O número representa um recuo de 11,1% na comparação com o mesmo período um ano antes.
As exportações no ano chegaram a US$ 53,026 bilhões (retração de 3% pela média diária na comparação com o mesmo período de um ano atrás) e as importações no período foram de US$ 42,138 bilhões (queda de 0,7%).
A queda de 6,5% na exportação de produtos manufaturados puxou a retração das vendas ao exterior em março. Na comparação com igual mês de 2018, também recuaram as vendas de semimanufaturados (-0,5%). O desempenho só não foi pior pela alta de 7,9% nos embarques de básicos.
De acordo com os números divulgados nesta segunda pelo Ministério da Economia, o recuo na exportação de manufaturados foi puxado principalmente pela queda nas vendas de veículos de carga (-68,2%), de óleos combustíveis (-49,6%) e de automóveis de passageiros (-41,4%).
Já os semifaturados sofreram o impacto da baixa nas exportações de açúcar em bruto (-34,6%), da celulose (-12%) e de couros e peles (-10,8%). Em contrapartida, o avanço principal em produtos básicos foi observado sobretudo em algodão em bruto (123,6%) e milho em grãos (86,7%).
No trimestre, as variações foram semelhantes. Houve crescimento das exportações de produtos básicos (+8,7%), que somaram US$ 26,421 bilhões no período, e queda nos manufaturados (-9,8%, um total de US$ 19,442 bilhões) e semifaturados (-3,5%, um total de US$ 7,160 bilhões).
Bens de capital
A importação de bens de capital se destacou em março ao crescer 13% na comparação com o mesmo mês de um ano antes. O indicador costuma ser usado como uma das referências para a análise do nível de atividade industrial no país.
De acordo com os números divulgados hoje, o avanço principal em bens de capital foi observado sobretudo em veículos automóveis com motor a diesel (como caminhões e tratores), transformadores de dielétrico líquido e máquinas de sondagem.
Em seguida, vieram bens intermediários (crescimento de 5,8%) e bens de consumo (1,6%). Já as compras de combustíveis e lubrificantes caíram 0,5%.
No caso dos intermediários, cresceram as aquisições de tubos flexíveis de ferro ou aço, sulfetos de minérios de cobre e cloretos de potássio.
Em bens de consumo, os principais aumentos nas compras foram observados em medicamentos, terminais portáteis de telefonia celular e automóveis de mais de seis passageiros.
Valor