Tarifa de energia deve subir, em média, 5,6% em 2023, estima Aneel

Dado foi informado pela agência ao grupo de Minas e Energia do governo de transição. Impacto, no entanto, pode variar conforme cada distribuidora


25/11/2022 - 09:34

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que a tarifa de energia elétrica vai subir 5,6%, em média, em 2023.

 

O dado foi informado pela agência nesta quarta-feira (23) ao grupo de Minas e Energia do governo de transição. Foi a primeira reunião entre os diretores da Aneel e a equipe de transição do governo eleito.

 

O impacto, no entanto, vai variar conforme cada distribuidora de energia. Segundo as estimativas da Aneel:

 

  • 7 distribuidoras devem ter reajuste superior a 10%
  • 15 distribuidoras com reajuste entre 5% e 10%
  • 17 distribuidoras devem ter reajuste entre 0% e 5%
  • 13 distribuidoras devem ter reajuste inferior a 0%
  •  

A diferença de percentuais se dá devido aos custos de compra, transmissão e distribuição de energia, que variam conforme cada distribuidora, além de eventual crédito tributário que a empresa possa ter direito. Os créditos tributários estão sendo revertidos em favor do consumidor, atenuando os reajustes.

 

A Aneel destacou que os percentuais de reajuste são estimativas, que podem mudar até a homologação dos novos índices tarifários.

 

Os reajustes nas tarifas de energia são feitos individualmente pra cada distribuidora. Normalmente, é na data de aniversário do contrato de concessão.

 

A Aneel não detalhou à equipe de transição os percentuais por tipos de consumidores: conectados em alta tensão (grandes empresas e indústrias) e conectados em baixa tensão (residenciais, rurais e pequenas empresas).

 

Histórico

Neste ano, o reajuste da tarifa de energia para os consumidores residenciais está, em média, em 10,83%, segundo os dados mais recentes da Aneel.

 

Os diretores da Aneel também mostraram à equipe de transição que, nos últimos 12 anos, o reajuste no país seguiu, em média, a variação do índice da inflação oficial – medido pelo IPCA.

 

De acordo com a agência, os percentuais entre as regiões têm sido desiguais, pesando mais para os consumidores do Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Alta explicada, principalmente, pelos custos de distribuição.

 
 
 
Fonte: G1

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