O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira (29), em discurso em São Paulo, que é possível negociar, na reforma da Previdência, regras diferentes para trabalhadores rurais e os benefícios recebidos por deficientes.
Atualmente, o texto para alterar as regras da Previdência está sob análise no Congresso e enfrenta resistência de alguns setores da sociedade, como centrais sindicais e categorias de servidores públicos, que são contra o texto elaborado pelo governo.
Entre as principais mudanças que o governo quer instituir é a adoção da idade mínima de 65 anos para que qualquer trabalhador possa se aposentar pela Previdência Social.
Temer falou sobre a reforma em um evento organizado na capital paulista por um banco norte-americano. Ele ressaltou, a exemplo do que tem feito em declarações recentes, que a reforma da Previdência "não vai prejudicar ninguém".
"[A reforma] não vai prejudicar ninguém, há um ou outro fato, a questão dos trabalhadores rurais, a questão dos deficientes que, eu compreendo, nós podemos ainda negociar de molde a aprovar uma reforma previdenciária", afirmou Temer.
Ele disse também que "não é bem verdade" que, se a reforma não for aprovada, a economia do país vai "para baixo".
"Hoje é interessante que centralizou-se, digamos assim, a ideia de que ou faz a reforma da Previdência ou a economia vai para baixo. Não é bem verdade isso, não. Agora, se nós fizermos a reforma da previdência a economia continuará subindo", argumentou Temer.
No entanto, o presidente afirmou que, se a reforma não for aprovada agora, terá que ser analisada em 3 anos, senão o país ficará "paralisado" em 7 anos.
“Se não fizer agora, daqui a três anos tem que fazer, porque, senão, daqui a sete nós paralisamos o país”, afirmou Temer.
Ele também voltou a criticar a divulgação de informações sobre a reforma que, segundo ele, são "inverídicas".
Fonte: G1