As vendas do varejo brasileiro recuaram pelo sétimo mês seguido. Em agosto, na comparação com julho, a baixa foi de 0,9%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (14). Para o mês de agosto, queda é a maior desde 2000, quando encolheu 1%.
No ano, o varejo já acumula baixa de 3,5% e, em 12 meses, de 1,5%. Na comparação com agosto do ano passado, a queda é ainda maior, de 6,9%. De acordo com o IBGE, nessa base de comparação, anual, a retração é a pior da série.
Segundo o IBGE, os consumidores compraram menos em agosto por que os preços dos alimentos subiram, o crédito ficou mais restrito, os juros subiram, a massa salarial teve redução, bem como o número de trabalhadores com carteira assinada.
Em agosto, o setor que mais contribuiu para a queda do índice foi o de veículos e motos, partes e peças (-5,2%), que vem mostrando taxas seguidamente negativas. Também caiu o movimento nos ramos de livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%); material de construção (-2,3%), móveis e eletrodomésticos (-2,0%) e tecidos, vestuário e calçados (-1,7%).
Quando comparado com o mesmo mês do ano passado, o comportamento dos setores é parecido. As principais influências partiram de hiperrmercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,8%), além de móveis e eletrodomésticos (-18,6%) e tecidos, vestuário e calçados (-13,7%).
Em relação a julho, o varejo recuou em 26 das 27 unidades da federação.
Regiões
O comércio ficou ainda mais fraco na Paraíba, onde caiu quase 5%, além de Tocantins, que mostrou baixa de 4,4%, e Alagoas, onde recuo 3,3%. Na contramão, vendeu mais o varejo do Ceará (0,2%), do Mato Grosso do Sul e do Acre, ambos com 0,4%.
Fonte: G1